O Hospital Infantil de Joinville informou na tarde desta quarta-feira que vai manter o atendimento no pronto-socorro da unidade até, pelo menos, o próximo dia 14 de dezembro. A decisão foi tomada após um pedido feito pelo Ministério Público da cidade.

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Em uma ação protocolada na última terça-feira, o MP pede o pagamento da dívida de cerca de R$ 16 milhões que o governo do Estado tem com o hospital em um prazo de 48 horas.

O que está funcionando:

UTIs

Internação

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Pronto-socorro para atendimento de urgência e emergência

Cirurgias de emergências

Tratamento quimioterápico (apenas para quem já iniciou)

Tratamentos contínuos (ex.: retirada de gessos, acompanhamento pós cirúrgico)

O que não está funcionando:

Consultas ambulatoriais

Cirurgias eletivas (que não são urgentes)

Exames para pacientes não internados

Transferência via central de regulação de leito vazios (não recebe pacientes de outros hospitais de Santa Catarina, apenas do pronto-socorro)

Confira a nota emitada pela Hospital Infantil na íntegra:

“Desde que anunciamos a suspensão de alguns serviços do Hospital Infantil Dr. Jeser

Amarante Faria, recebemos um amplo apoio da comunidade, entidades representativas de classe e lideranças políticas de toda a região. A notícia da falta de repasses financeiros gerou comoção e manifestações de apoio que mostraram a importância do Hospital Infantil para a rede de atendimento dos serviços de saúde.

Neste período, destacamos o empenho do secretário João Paulo Kleinübing e de toda a equipe da Secretaria de Estado da Saúde que mantiveram constante contato com a

direção do Hospital Infantil de Joinville buscando uma maneira de solucionar a questão dos pagamentos com a maior brevidade possível.

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Em ofício assinado pelo promotor de justiça Sérgio Ricardo Joesting, da 4ª Promotoria de Justiça do Ministério Público de Santa Catarina, direcionado à direção do Hospital Infantil, o mesmo comunicou a solicitação de um ajuizamento para que o valor fosse repassado à instituição por meio de decisão judicial.

No mesmo documento, o promotor solicita que o Hospital Infantil ‘envide esforços

para manter o Pronto-socorro e os demais departamentos médicos abertos em

funcionamentos até o pronunciamento do Juízo da Infância e da Juventude, haja

vista a essencialidade do serviço prestado’.

Desta forma, atendendo ao pleito do Ministério Público e da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, manteremos os serviços de urgência e emergência do

Pronto-socorro do Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria em funcionamento. Os

atendimentos eletivos continuam temporariamente suspensos.

Destacamos que se o repasse dos recursos em atraso não for regularizado até o dia 14 de dezembro, o Hospital Infantil ficará totalmente impossibilitado de continuar

realizando atendimentos de qualquer natureza ou gravidade. Agradecemos a compreensão do corpo clínico, que continua atuando mesmo com

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seus honorários referentes ao mês de outubro em atraso e aos colaboradores, que se

uniram para continuar oferecendo atendimentos com qualidade.”