Quando a dor ou a febre aparecem, é comum recorrer rapidamente a analgésicos como paracetamol ou ibuprofeno. Embora ambos sejam populares e facilmente encontrados nas farmácias, eles não são iguais. Cada um possui indicações específicas, tempo de ação diferente e riscos particulares.

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O cardiologista Jorge Tartaglione, em entrevista ao canal LN+, destacou que entender essas diferenças é fundamental para evitar confusões perigosas. Segundo ele, a escolha correta entre os dois pode fazer toda a diferença no tratamento.

Confira a seguir o que distingue o paracetamol e o ibuprofeno, quais os principais usos de cada um e os cuidados essenciais para evitar intoxicações e complicações.

Paracetamol: eficaz contra febre e dor, mas não é anti-inflamatório

O paracetamol é amplamente utilizado no tratamento de febre e dores, como dor de garganta, dor de cabeça e dor de dente. Uma de suas vantagens é a segurança no uso: pode ser administrado tanto em crianças quanto em adultos, além de ser compatível com antibióticos e com o período da gravidez.

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Segundo Tartaglione, o medicamento age de forma central, ou seja, no sistema nervoso, e não diretamente na inflamação. Isso explica por que ele não funciona tão bem para tratar processos inflamatórios, mas é bastante eficaz para sintomas gerais de dor e mal-estar.

Apesar disso, o especialista alerta que o paracetamol leva mais tempo para fazer efeito em comparação com o ibuprofeno: cerca de 45 a 60 minutos após a ingestão. Sua duração média é de quatro horas, exigindo doses mais frequentes.

Ibuprofeno: rápido, anti-inflamatório e com restrições

Já o ibuprofeno é um anti-inflamatório que atua diretamente na dor localizada, reduzindo também a inflamação e a febre. É indicado para casos como entorses, dores musculares, cólicas menstruais, artrite e até gota. Além disso, começa a agir mais rapidamente, o que o torna útil em situações de dor aguda.

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No entanto, seus efeitos colaterais merecem atenção. O uso prolongado pode causar desconforto estomacal e até úlceras. Por isso, a recomendação é sempre ingeri-lo junto com as refeições. Ele também não deve ser usado durante a gravidez, pois pode trazer riscos para a mãe e o bebê.

Outro ponto importante é que, assim como o paracetamol, a eficácia do ibuprofeno aumenta quando tomado com água. Esse cuidado simples ajuda a reduzir irritações gástricas e melhora a absorção do medicamento.

Riscos da automedicação e perigos da overdose

Um dos maiores problemas relacionados ao uso de analgésicos é a automedicação em situações de dor intensa. Segundo Tartaglione, tanto o ibuprofeno quanto o paracetamol têm limites de dosagem que não devem ser ultrapassados.

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No caso do ibuprofeno, o máximo recomendado é de 600 mg a cada 6 a 8 horas, não passando de 2.400 mg por dia. Já o paracetamol deve ser limitado a 1 g a cada 8 horas, com dose máxima diária de 4 g. Acima desses valores, o risco de intoxicação grave aumenta consideravelmente.

O médico alerta ainda que o paracetamol em excesso pode causar falência hepática, e doses acima de 10 g podem ser fatais. Já o ibuprofeno exige atenção redobrada em pessoas com pressão alta ou gastrite. Por isso, antes de combinar ou aumentar a dose de qualquer medicamento, a orientação é clara: sempre consulte um médico.

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