Comprar uma casa nova ficou mais caro em Joinville. Os imóveis tiveram valorização de 21,4% aponta levantamento realizado pela empresa Brain Inteligência Estratégica, a pedido do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) de Joinville. Ao todo, foram comercializados 2.149 apartamentos novos em 2021.

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Um dos motivos que explica a valorização é o período de juros baixos para realizar financiamentos habitacionais em 2021, que não aumentaram no mesmo ritmo da taxa Selic. De acordo com o presidente do Sinduscon Joinville, Bruno Cauduro, o fator custo influenciou essa mudança no cenário imobiliário.

– Os materiais e insumos da construção civil tiveram aumentos expressivos de preço, elevando o custo das obras e, consequentemente, o preço médio do metro quadrado, o que beneficia os proprietários com a valorização dos empreendimentos – comenta.

O presidente afirma que os imóveis devem seguir valorizando. Para Cauduro, as taxas de juros, que seriam um impeditivo para o negócio, não sobem no mesmo ritmo que outros indicadores.

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Quarentena impactou na aquisição de imóveis

O isolamento social em virtude da pandemia também refletiu nesse aumento dos preços. Cauduro diz que as pessoas “ressignificaram a relação com a moradia” em função do home office e da necessidade de passar mais tempo em casa. Com essa mudança no estilo de vida, os compradores passaram a adquirir imóveis cada vez mais completos, mais modernos, com mais infraestrutura de lazer e segurança.

Os imóveis com padrões econômicos (até R$ 209 mil) e standard (de R$ 209 mil a R$ 400 mil) são os mais comercializados, afirma Cauduro. O econômico representa 38,1% da oferta e o standard, 22,9%. Juntos, eles somam 61% das vendas na cidade.

Em quatro anos, Joinville teve aumento de mais de R$ 600 milhões em lançamentos de imóveis

Segundo a pesquisa Sinduscon, o total de lançamentos de imóveis feitos no ano passado chegou a R$ 986 milhões em VGV (valor geral de vendas). Em 2018, o investimento foi de R$ 374 milhões, ou seja, Joinville teve um aumento de mais de R$ 600 milhões em quatro anos nos lançamentos imobiliários.

De acordo com Cauduro, o crescimento no número de empreendimentos lançados é um fator que aumenta VGV total de lançamentos.

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– Os empreendimentos lançados são cada vez mais modernos e, naturalmente, com maior valor agregado, o que aumenta o VGV lançado. Tivemos também, neste período, lançamentos de alto padrão, com um ticket médio maior, o que elevou o VGV dos lançamentos – explica.

Sob supervisão de Lucas Paraizo

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