Os preços dos produtos e serviços consumidos por famílias de Florianópolis subiram 5,95% em 2024, na comparação com 2023. O indicador deve ficar acima da inflação nacional, segundo as projeções atuais do Banco Central. O número definitivo da alta de preços no país deve ser divulgado nos próximos dias, mas até novembro a alta acumulada já era de 4,87%.

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Em dezembro, último mês do ano, a inflação calculada em Florianópolis registrou aumento de 0,53%. Sete dos nove grupos pesquisados tiveram alta no mês. Os números são do Índice de Custo de Vida (ICV), elaborado mensalmente pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), por meio do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag), com apoio da Fundação Esag (Fesag).

Entre os grupos pesquisados na inflação calculada especificamente em estabelecimentos de Florianópolis, o maior aumento acumulado em 2024 foi o da alimentação (veja abaixo). O grupo de vestuário foi o único a ter queda nos preços (-2,31%).

  • Alimentação (8,98%)
  • Transportes (6,16%)
  • Saúde e cuidados pessoais (6,16%)
  • Habitação (6,12%)
  • Despesas pessoais (4,86%).

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Alimentos e Bebidas

O grupo Alimentos e Bebidas, que corresponde a mais de 20% do orçamento das famílias, teve alta de 1,03% em dezembro — uma desaceleração em relação a novembro, quando a inflação dos alimentos foi de 1,15%. A alta foi maior nos alimentos comprados em feiras e supermercados para consumo em casa (1,51%). Já as refeições consumidas em lanchonetes e restaurantes subiram menos (0,31%).

O grupo com maior aumento foi o das carnes (8,14%), com destaque para o filé mignon (14,65%), patinho (12,30%) e costela bovina (8,83%). Também houve forte alta das aves e ovos (4,90%), especialmente a coxa de frango (9,07%) e os ovos de galinha (5,98%). Tubérculos, raízes e legumes subiram 0,52%, com destaque para a alta no valor do tomate (56,11%) e a queda no preço da batata (-22,82%).

Mesmo com aumento na maioria dos subgrupos pesquisados, alguns alimentos importantes no consumo das famílias ficaram mais baratos em dezembro. A maior redução foi a do leite e derivados (-2,15%), com queda de -5,61% no leite longa vida e -2,14% no leite condensado.

Transportes e outros serviços

Os preços ligados aos transportes (que têm um peso no orçamento das famílias quase igual ao da alimentação) voltaram a ficar mais caros em dezembro (0,33%). O índice desse grupo subiu, mesmo com a redução nos preços dos combustíveis para automóveis (-0,26%). Foram as passagens aéreas que puxaram a alta (11,44%).

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Além de alimentação e transportes, houve alta em dezembro nos preços dos artigos de residência (3,14%), puxados pelos móveis (3,20%) e aparelhos eletrônicos (2,99%). Também subiram os itens de vestuário (0,88%), educação (0,49%) e saúde e cuidados pessoais (0,28%). Já os preços ligados a despesas pessoais e habitação ficaram mais baratos, reduções de -0,57% e -0,13%, respectivamente.

O ICV/Udesc Esag registra a variação dos preços de 297 produtos e serviços consumidos por famílias de Florianópolis com renda entre 1 e 40 salários mínimos. Para o último boletim mensal, os dados foram coletados entre os dias 1º e 31 de dezembro. O índice é publicado regularmente desde 1968.

A metodologia é a mesma usada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o cálculo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referência oficial para a meta de inflação nacional.

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