Reforma da previdência e capacidade de investimento são os assuntos mais discutidos no Brasil neste momento. Mesmo com as mudanças na última eleição, fechamos o primeiro trimestre do ano com expectativas frustradas, muitas especulações e incertezas.
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Tech SC: fique por dentro do universo da tecnologia em Santa Catarina
Enquanto gastamos energia com ajustes necessários há muito tempo, a competitividade do Brasil só cai. De acordo com o último relatório do Fórum Econômico Mundial, o Brasil ocupa o 72º lugar no ranking de competitividade em uma lista de 140 países, ficando atrás de Azerbaijão, Turquia e Colômbia, muito aquém do nosso potencial.
Crise silenciosa e varrida para debaixo do tapete, a competitividade da indústria, o desenvolvimento tecnológico e a inovação são assuntos que não estão na pauta dos políticos. O mundo evolui rapidamente e não avançamos na mesma velocidade.
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No mesmo relatório do Fórum Econômico Mundial, o índice de investimento privado em pesquisa e desenvolvimento (P&D) segue o mesmo ritmo de queda e o índice de colaboração entre universidade e indústria para P&D é ainda pior, que chegou a ocupar o 90º lugar em 2017.
Bastante conhecido é esse descompasso entre mercado e academia em nosso país. A lacuna entre universidades e empresas é gigante e o Brasil está na contramão nesse aspecto.
Em termos de pesquisas acadêmicas, vamos relativamente bem, mas essa produção não se converte em resultados. Isso fica evidente quando comparamos com outros países. A Coréia do Sul ocupa uma posição próxima ao Brasil em publicação de artigos, 12º lugar no ranking mundial. No entanto, a quantidade de pedidos de patente sul coreana é trinta e seis vezes superior à brasileira.
A despeito desse cenário nacional, o clima em Santa Catarina é mais otimista. Surgem boas iniciativas, especialmente quando se trata de desenvolvimento e inovação.
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Um exemplo é o recém lançado Ciclo de Aceleração Academia-Mercado, programa que visa estreitar o relacionamento entre universidades e empresas para elaboração de projetos de pesquisa e desenvolvimento, especialmente os de base tecnológica.
O CAAM é inovador, inédito e construído a várias mãos, com a participação de empresas, universidades e gestores públicos. O programa contempla a atuação direta de professores e alunos junto a profissionais de mercado, especialistas e agentes do ecossistema de inovação, em workshops e atividades que irão aproximar as entidades. O resultado esperado é, além de melhorar a competitividade das empresas, fomentar o empreendedorismo ao gerar novos negócios inovadores e de impacto.
Outros bons programas e projetos estão em andamento no Estado. O Brasil que queremos passa por isso: trabalho conjunto, propósito e engajamento da tríplice hélice.
Vamos em frente!