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(Foto: Arte NSC Total)

Os desafios da Educação no Brasil são conhecidamente enormes. Esse é um dos temas de maior discussão no momento, embora não seja novidade. A questão é complexa, e as causas são tão amplas que vão de questões culturais à estruturais do sistema.

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Alguns dados são chocantes. A evasão escolar brasileira, por exemplo, gira em torno de 30%. E 23% das pessoas com idade entre 15 e 29 anos fazem parte de um grupo chamado “nem-nem”; nem trabalham, nem estudam, mesmo com a significativa ociosidade nas instituições de ensino.

Em relação aos professores o dilema também é grande. Por um lado, temos a pouca valorização desses profissionais, na forma direta da remuneração mesmo. E por outro, há um déficit na qualificação e preparo, quando mais de 40% das disciplinas do ensino fundamental e médio são ministradas por professores sem formação superior em licenciatura.

Isso agrava todo o sistema, pois com a baixa valorização fica difícil implantar sistemas meritocráticos, bem como exigir um mínimo de desempenho. Logo, nivelamos por baixo. E assusta ainda mais saber que quase metade dos professores não recomenda a própria profissão. Ou seja, há algo muito errado nessa conta!

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Paralelamente, é fato conhecido que há um incrível descompasso entre a qualificação das pessoas e o que o mercado de trabalho requer. Vivemos uma taxa de desemprego de dois dígitos, exatamente em uma época com extrema carência de profissionais qualificados. Em Joinville, hoje, temos mais de 100 vagas abertas em empresas de base tecnológica, que oferecem ótima remuneração e agradável ambiente de trabalho, mas com grande dificuldade de serem preenchidas.

Enquanto o mundo desenvolvido trabalha fortemente na ampliação de habilidades comportamentais (soft skills), nós ainda vivemos o deficit de matemática e português básicos. Quem já teve a decepção de contratar um profissional com nível superior que sequer consegue escrever uma frase corretamente ou desenvolver um raciocínio lógico com uma simples “regra de três” sabe bem o tamanho do desafio.

Foi pensando nessas problemáticas que o programa JEDI – Jornada de Empreendedorismo, Desenvolvimento e Inovação, em sua segunda edição, adotou o tema Educação. O JEDI é um programa de geração de novos negócios, com ênfase na solução de problemas relevantes da sociedade, por meio da inovação, tecnologia e modernos modelos de gestão.

O estímulo à criatividade e empreendedorismo, desenvolvimento do pensamento crítico e uso de tecnologia como estímulo para a aprendizagem, são exemplos de linhas de trabalho que estão sendo fomentadas no JEDI Educação.

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O cenário é crítico, e o momento urge melhorias e mudanças relevantes no setor. Há muito o que fazer e os desafios são crescentes. E como inovar nunca é o caminho natural das coisas, precisamos arregaçar as mangas e com um esforço extra fomentar iniciativas e projetos, tais como o JEDI.

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