Irmãos que mataram homem com deficiência e enterraram corpo são condenados em Xanxerê

Dois irmãos foram condenados pelo assassinato e pela ocultação do cadáver de Jhony Cleiton Neckler Pacífico, de 35 anos, ocorrido em 24 de março de 2024, em Xanxerê, no Oeste de Santa Catarina. A vítima, que possuía deficiência física em razão da amputação da perna direita, foi morta de forma brutal.

Segundo a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), Jhony foi atacado com golpes de madeira na cabeça e, em seguida, asfixiado. A acusação destacou que ele foi surpreendido de maneira traiçoeira, sem qualquer chance de defesa.

O crime teria sido motivado por uma suposta agressão anterior da vítima contra uma mulher próxima aos agressores.

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Após o homicídio, os irmãos transportaram o corpo até uma vala às margens da estrada geral da comunidade Pesqueiro do Meio, onde o enterraram com cal e terra, numa tentativa de acelerar a decomposição e dificultar a localização. O corpo foi encontrado três dias depois, já em avançado estado de decomposição.

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Investigação Criminal (DIC) de Xanxerê, elucidou o crime rapidamente. Em menos de 24 horas após a localização do cadáver, os suspeitos, de 27 e 31 anos, foram identificados e detidos. Ambos confessaram o crime e tiveram a prisão preventiva decretada em abril de 2024.

Durante o julgamento, o Tribunal do Júri acatou parte das qualificadoras apresentadas pelo MPSC, reconhecendo o uso de meio cruel e o recurso que dificultou a defesa da vítima, além da ocultação de cadáver.

Na sentença, um dos irmãos foi condenado a 27 anos de reclusão pelo homicídio qualificado e a mais dois anos e três meses pela ocultação do corpo, além de 23 dias-multa. O outro recebeu pena de 24 anos pelo homicídio e mais dois anos pela ocultação, além de 20 dias-multa.

Além das penas privativas de liberdade, os réus foram condenados a indenizar a família da vítima em R$ 50 mil por danos morais.

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