Dois trabalhadores mantidos em condições análogas à escravidão em uma propriedade rural de São José do Cerrito, na Serra catarinense, foram resgatados nesta quinta-feira (20). O dono da fazenda foi preso em flagrante.
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As vítimas, dois irmãos em situação de vulnerabilidade devido ao alcoolismo, viviam em um barraco sem condições mínimas de higiene e segurança.
O banheiro era inabitável e o chuveiro, improvisado. Apenas ripas de madeira furada separavam seus dormitórios das estrebarias onde ficavam bezerros, ovelhas e porcos. “O trabalho era realizado em um espaço tomado por fezes de animais”, enfatizou o Procurador do Trabalho Acir Alfredo Hack.
Um dos trabalhadores, que vivia na propriedade há sete anos, era responsável por cuidar dos animais, enquanto o outro, que havia chegado há dois meses, trabalhava quebrando pedras para construir o piso de um estábulo, em meio a fezes de animais, segundo informações do Ministério Público do Trabalho em Santa Catarina (MPT-SC).
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Durante o resgate, um dos trabalhadores afirmou que nunca recebeu salário em dinheiro, apenas “cachaça em troca do trabalho”.
O dono da propriedade permanecerá preso até a conclusão das investigações e a regularização das pendências trabalhistas. O MPT-SC deve propor um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) para garantir que situações como essa não voltem a ocorrer.
A operação foi realizada pelo Ministério Público do Trabalho em Santa Catarina (MPT-SC), em parceria com fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego, a Polícia Federal e representantes dos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) local e regional.
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