O técnico em informática Ricardo Heusser Neto, 27 anos, de Joinville (SC), teve uma surpresa nada agradável ao abrir uma barrinha de cereal de banana, na sexta-feira. Encontrou uma larva semelhante a um bicho da goiaba andando no produto. Gravou a cena em vídeo com o celular e entrou em contato com o serviço de atendimento ao consumidor (SAC) da empresa.
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A barra de cereal Corpo & Sabor é fabricada pela Indústria de Torrone Montevergine, com sede em São Paulo (SP). Ricardo conta que comprou quatro barrinhas do produto na loja Empórium Produtos Naturais, no Centro de Joinville, na quinta-feira.
– Cheguei a consumir três barrinhas antes. Numa delas, tinha observado algo parecido com uma teia de aranha. Olhei bem, achei que pudesse ser fibra da banana e continuei comendo. Na sexta-feira, por sorte, descobri a larva logo ao abrir a embalagem”, diz.
A barrinha está dentro do prazo de validade e, segundo o técnico em informática, não há nenhum furo na embalagem. A providência que ele tomou foi ligar para o SAC da empresa. Foi enviado um e-mail do controle de qualidade. A engenheira de alimentos da Montevergine, Andrea Alterio, teria informado, por e-mail, que, nesses casos, a empresa envia um envelope para que o cliente mande o produto pelos Correios.
O material segue para a análise e, dependendo do resultado, o lote do produto também é analisado. Os resultados são enviados ao cliente. A pessoa ainda recebe uma nova barrinha de cereal.
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A engenheira de alimentos havia deixado a empresa às 17h desta segunda-feira e não foi encontrada para falar sobre o caso. O departamento de marketing disse que a orientação dada pelo controle de qualidade é norma da empresa.
O gerente do Procon em Joinville, Jorge Nemer, diz que Ricardo Heusser Neto agiu corretamente ao entrar primeiro em contato com a empresa, mas ressalta que registrar uma denúncia no Procon ajuda a manter um histórico do produto.
– A pessoa deve levar a embalagem e, se possível, a nota fiscal da compra – orienta.
Nemer recomenda que o cliente faça denúncia à Vigilância Sanitária. A Vigilância informa que a partir do momento em que há denúncia, o estabelecimento e o lote do produto são analisados.
O dono da loja Empórium, Jairo Dias, diz que o estabelecimento está dentro das normas, e as barrinhas de cereais vendidas na loja, no prazo de validade. Ele ressalta que, por se tratar de produto natural, sem produtos químicos, pode haver risco de insetos contaminarem o produto.
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Segundo a engenheira de alimentos Ana Paula Lima de Paula, é quase impossível que uma larva se desenvolva em uma barra de cereal. A banana é seca por um processo de aquecimento. Misturada a outros ingredientes, volta ao forno em alta temperatura, o que mataria qualquer forma de vida. O processo de produção de alimentos é rigoroso, o que reduziria riscos. De acordo com ela, só uma análise da barra de cereal poderia indicar de onde a larva veio.
 
				