Segundo documentos divulgados por autoridades dos Estados Unidos nesta terça-feira (16), Tyler Robinson, suspeito de matar Charlie Kirk, confessou o crime em uma troca de mensagens com o colega de quarto. Robinson foi indiciado também na terça-feira por homicídio agravado e outros dois crimes pela Justiça dos Estados Unidos. A Promotoria de Utah defende a pena de morte para o homem. As informações são do g1.
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O documentou que divulgou essa troca de mensagens revela que a conversa aconteceu logo após o crime. De acordo com investigadores, Tyler Robinson enviou uma mensagem para que o colega olhasse um bilhete deixado embaixo de um teclado. Nele, estava escrito: “Tenho a oportunidade eliminar Charlie Kirk e vou aproveitá-la”.
Confira a conversa entre Tyler Robinson e colega de quarto
Colega de quarto: O quê????????????????? Você tá brincando, né????
Tyler Robinson: Ainda estou bem, meu amor, mas estou preso em Orem por mais um tempo. Não deve demorar até eu poder voltar para casa, mas preciso pegar meu fuzil primeiro. Para ser honesto, eu esperava guardar esse segredo até morrer de velhice. Desculpa por te envolver nisso.
Colega de quarto: Não foi você quem fez isso, né????
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Tyler Robinson: Fui eu, desculpa.
Colega de quarto: Achei que tinham prendido a pessoa?
Tyler Robinson: Não, eles pegaram um cara velho maluco, depois interrogaram alguém com uma roupa parecida. Eu tinha planejado pegar meu fuzil no local onde eu o joguei, mas a maior parte daquele lado da cidade foi colocada em lockdown. Tá quieto, quase dá para sair, mas ainda tem um veículo circulando.
Colega de quarto: Por quê?
Tyler Robinson: Por que fiz isso?
Colega de quarto: É.
Tyler Robinson: Eu já não aguentava mais o ódio dele. Tem ódio que não dá para negociar. Se eu conseguir pegar meu fuzil sem ser visto, não vou deixar nenhuma evidência. Vou tentar recuperar de novo, com sorte eles já seguiram em frente. Não vi nenhuma informação dizendo que eles o encontraram.
Colega de quarto: Há quanto tempo você estava planejando isso?
Tyler Robinson: Um pouco mais de uma semana, eu acho. Consigo chegar perto, mas tem uma viatura estacionada bem ali. Acho que eles já revistaram aquele ponto, mas não quero arriscar.
Tyler Robinson: Queria ter dado a volta e pegado assim que cheguei ao carro… Tô preocupado com o que meu velho vai fazer se eu não levar o fuzil do vô de volta… Nem sei se tinha número de série, mas não ia me incriminar. Estou preocupado com digitais. Tive que deixar em um arbusto quando troquei de roupa. Não tive condição de levar comigo… Talvez tenha que abandonar lá e torcer para não acharem impressões. Como vou explicar perder o fuzil do meu velho…
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Tyler Robinson: A única coisa que deixei foi o fuzil embrulhado numa toalha…
Tyler Robinson: Lembra quando eu estava gravando mensagens nas balas? As p**** das mensagens são basicamente um grande meme. Se eu vir “notices bulge uwu” [“perceba o volume”] na Fox News, eu vou ter um treco. Certo. Vou ter que deixar isso. É realmente uma m****…
Tyler Robinson: Julgando pelo que vi hoje diria que o fuzil do vô funciona muito bem, sei lá. Acho que aquilo era uma mira de US$ 2 mil.
Tyler Robinson: Apaga essa troca de mensagens.
Tyler Robinson: Meu pai quer fotos do fuzil… ele disse que o vô quer saber quem está com o quê. Os federais divulgaram uma foto do fuzil, e ele é bem único. Ele tá me ligando agora. Não vou atender.
Tyler Robinson: Desde que o Trump assumiu, [meu pai] virou bem fã do MAGA [“Make America Great Again”, slogan da campanha de Trump].
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Tyler Robinson: Vou me entregar voluntariamente. Um dos meus vizinhos aqui é adjunto do xerife.
Tyler Robinson: Você é tudo com que me preocupo, amor.
Colega de quarto: Tô bem mais preocupado com você.
Tyler Robinson: Não fale com a imprensa, por favor. Não dê entrevistas nem faça comentários. Se algum policial te fizer perguntas, peça por um advogado e fique em silêncio.
Prisão do suspeito
Robinson foi detido após uma perseguição de 33 horas, acusado de homicídio qualificado, disparo de arma de fogo com lesão corporal grave e obstrução da Justiça. Ele foi preso na casa dos pais na sexta-feira (12), a cerca de 420 quilômetros do local do crime, que ocorreu durante um evento com 3 mil pessoas na Universidade Utah Valley, na cidade de Orem.
Assassinato de Charlie Kirk
Kirk era influenciador político e aliado próximo do presidente Donald Trump. A morte dele gerou forte repercussão entre apoiadores conservadores e autoridades locais. Durante as investigações, os agentes encontraram mensagens gravadas em quatro cartuchos de bala usados no crime.
Segundo depoimento apresentado pelas autoridades, uma das inscrições dizia: “Ei, fascista! Pregue”, seguida por uma sequência de setas direcionais, aparentemente uma referência a comandos de jogos eletrônicos que ativam bombas. Outra mensagem dizia: “Se você ler isso, você é gay, lol”, usando a sigla em inglês para “rindo muito”.
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As autoridades ainda não divulgaram o motivo exato do ataque, mas o conteúdo das mensagens sugere uma possível motivação ideológica ou provocativa.
Veja fotos do caso
*Sob supervisão de Luana Amorim
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