Ao fim Libertadores Feminina 2024, o Corinthians, equipe campeã, criticou as condições da competição. Os pontos principais foram os campos ruins, a quantidade de inscritas, a impossibilidade de aquecimento no gramado e as condições de transporte. A atual edição apresenta melhorias, porém com pontos ainda a mudar.

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Veja os times brasileiros na estreia da competição

A fase principal, de grupos, da Libertadores Feminina 2025 começou no dia 3 de outubro, uma sexta-feira, e segue até o dia 18 do mesmo mês. A competição acontece em Buenos Aires, na Argentina, em dois estádios: no Florencio Sola, do Banfield, e no Nuevo Francisco Urbano, do Morón.

As 16 melhores equipes da América do Sul se enfrentaram na fase de grupos, incluindo três do Brasil. O mata-mata já foi definido, com 100% de aproveitamento das equipes brasileiras, e começará no sábado (11), com as quartas de final.

Saiba as melhorias na Libertadores Feminina 2025

Segundo informações do ge, a Conmebol analisou as condições do torneio sul-americano, principalmente após as denúncias do Timão, e realizou algumas mudanças. Agora, o VAR vem sendo utilizado desde o início da competição, algo que antes só acontecia nos jogos finais.

Além disso, em 2024 a organização autorizava a inscrição de apenas 20 atletas para cada time, sendo 14 jogadoras e duas goleiras como mínimo. Já nesta temporada, os clubes puderam inscrever 23 jogadoras, com o mínimo de 16 na linha e duas goleiras.

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Em relação à comissão técnica da competição, não houve mudanças. A Conmebol continua aceitando oito profissionais, com no mínimo um de cada setor e duas mulheres.

Uma forte reclamação na temporada passada, realizada no Paraguai, foram as condições de transporte aos estádios. A jogadora Gabi Zanotti, meia-atacante do Corinthians, chegou a publicar imagens em suas redes sociais pedindo a melhoria.

Zanotti reclamou do ônibus que levou o Corinthians para o treino pela Libertadores Feminina 2024
Zanotti reclamou do ônibus que levou o Corinthians para o treino pela Libertadores Feminina 2024 (Foto: Reprodução, redes sociais)
Gabi Zanotti foi às redes sociais para questionar as condições do ônibus
Gabi Zanotti foi às redes sociais para questionar as condições do ônibus (Foto: Reprodução, redes sociais)

Na atual temporada, segundo informações do ge, o transporte é realizado em um ônibus de dois andares e com ar-condicionado. Além disso, os bancos são maiores e mais confortáveis.

O aquecimento pré-jogo também foi uma questão levantada nas últimas duas edições e principalmente após a Copa América Feminina 2025, em que o Brasil levou o título. Antes, as jogadoras não podiam aquecer no gramado.

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A partir desta edição, a organização liberou, mesmo com duas partidas seguidas dos estádios, 15 minutos de aquecimento no campo. Apesar disso, as condições climáticas atrapalharam alguns times, como o Corinthians e a Ferroviária. Estes precisaram aquecer em uma pequena sala.

Os estádios da Libertadores Feminina 2025 também são melhores do que os dos últimos anos. O Florencio Sola, do Banfield, oferece melhores condições, já o Nuevo Francisco Urbano, do Morón, um pouco abaixo.

Mudanças ainda necessárias na Libertadores Feminina

Alguns elementos ainda interferem no crescimento da competição e precisam ser revistos. Segundo o ge, a duração da Libertadores Feminina, de 2 a 18 de outubro, e a disponibilidade de apenas dois estádios, são os pontos principais.

Apesar dos estádios que recebem os jogos desta edição possuírem melhores condições, ao longo dos jogos o gramado é prejudicado. Além disso, as equipes do torneio sul-americano feminino possuem apenas dois dias de descanso entre em um jogo e outro, na primeira fase.

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E com o formato diferente da edição masculina, disputada ao longo de toda a temporada, os times não contam com partidas dentro ou fora de casa.

O futebol feminino conta com um crescimento nos últimos anos e, com isso, os clubes e atletas têm cobrado mais tais mudanças. As críticas e pedidos são feitos publicamente, principalmente o fato de a competição ocupar um espaço maior no calendário e diminuir a quantidade de lesões de atletas.

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*Eliza Bez Batti é estagiária sob a supervisão de Marcos Jordão