Originária da Ásia, a lichia conquistou espaço em diversos países, incluindo o Brasil, por sua aparência exótica e sabor refrescante.
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Apesar de ser nutritiva e oferecer antioxidantes e vitaminas, estudos mostram que seu consumo sem cuidados pode trazer efeitos adversos.
Isso ocorre porque a quantidade de toxinas varia de acordo com o grau de maturação do fruto e com a condição nutricional da pessoa que a consome.
As toxinas presentes na lichia conseguem inibir a produção natural de glicose pelo organismo e interferir na utilização de gorduras como fonte de energia.
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Com isso, os níveis de açúcar no sangue podem cair rapidamente, provocando sintomas como fraqueza, confusão mental, palpitações e até convulsões em situações mais graves.
Como a toxicidade acontece
O perigo da lichia está relacionado às substâncias hipoglicina A e MCPG, que bloqueiam processos metabólicos importantes, impedindo a produção de glicose e atrapalhando a oxidação de gorduras.
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Esse mecanismo leva a uma queda abrupta da glicemia, especialmente em quem consome a fruta de estômago vazio.
Em pessoas já fragilizadas, como crianças desnutridas, o efeito se intensifica e pode resultar em complicações neurológicas sérias, incluindo quadros de encefalopatia.
Relatos médicos confirmam essa associação, destacando que não se trata da fruta em si, mas do consumo inadequado em condições de risco.
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Registros médicos e investigações
Na Índia, surtos de mortes infantis foram ligados ao consumo exagerado de lichia em jejum, quando crianças apresentaram convulsões e sintomas neurológicos graves.
Esses episódios desencadearam uma série de estudos científicos para identificar a relação entre a fruta e os quadros de hipoglicemia.
Artigos publicados em revistas médicas renomadas, como The Lancet, confirmaram que a ingestão elevada de lichia, em especial em crianças malnutridas, está associada a essas crises.
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A conclusão é que a fruta não representa ameaça em quantidades moderadas, mas pode ser prejudicial em circunstâncias específicas.
Situações que aumentam o risco
O consumo de lichia em jejum é um dos principais fatores de risco, já que a ausência de outros alimentos no estômago intensifica a queda dos níveis de glicose no sangue. Especialistas recomendam evitar a ingestão isolada da fruta para reduzir os efeitos adversos.
Outro ponto importante é o estágio de maturação: a lichia verde apresenta concentrações mais elevadas de toxinas, chegando a ser até quatro vezes mais potente do que quando madura.
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Por isso, escolher bem o fruto é fundamental para garantir um consumo mais seguro.
Recomendações para consumo seguro
A melhor forma de aproveitar os benefícios da lichia sem correr riscos é consumi-la após refeições, em quantidades equilibradas. Assim, o organismo conta com reservas de energia que ajudam a equilibrar os efeitos da fruta.
Também é indicado evitar frutos ainda verdes ou em excesso, reduzindo a chance de intoxicação. Dessa forma, a lichia pode continuar a ser um alimento prazeroso e nutritivo, desde que consumida com cautela.
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