O Ministério Público da França informou que nove peças foram roubadas do Museu do Louvre na manhã deste domingo (19). As peças levadas pelos criminosos fazem parte de um dos conjuntos mais valiosos do acervo francês, muitas delas pertencentes a rainhas e imperatrizes do século XIX. O museu não abrirá nesta segunda-feira (20) e todas as reservas serão reembolsadas.
Continua depois da publicidade
Em entrevista à rádio France Inter, o ministro da Justiça, Gérald Darmanin, disse que o ocorrido indicou uma falha nos serviços de segurança do país. O crime foi registrado por volta das das 9h30 no horário local (4h30 no horário de Brasília). A entrada, de três ou quatro suspeitos, ocorreu por um canteiro de obras em frente à fachada voltada para o Rio Sena.
— Há muitos museus em Paris, muitos museus na França, com valores inestimáveis nesses museus. O que é certo é que falhamos — falou.
Entre as joiais roubadas, uma delas foi recuperada após ser encontrada danificada em uma rua próxima ao museu. O item é a coroa da imperatriz Eugênia, esposa de Napoleão III, composta por 1.354 diamantes e 56 esmeraldas.
Veja fotos dos itens furtados
Continua depois da publicidade
Veja quais joias foram roubadas do Louvre
- Brincos da Rainha Marie-Amélie — peças em ouro e diamantes que pertenciam à esposa do rei Luís Filipe I
- Colar da Rainha Marie-Amélie — joia de formato clássico, com pedras preciosas engastadas em ouro branco
- Colar e brincos de Marie-Louise — conjunto oferecido à imperatriz Marie-Louise, segunda esposa de Napoleão Bonaparte
- Grande laço do corpete da Imperatriz Eugénia — peça ornamental usada sobre vestidos de gala, feita com diamantes e platina
- Tiara da Imperatriz Eugénia — uma das mais célebres do acervo, cravejada de diamantes e esmeraldas
- Tiara da Rainha Marie-Amélie — joia em ouro e diamantes, símbolo da monarquia de julho francesa
- Broche relicário (1855, Bapst, Paul-Alfred) — peça histórica com compartimento interno para guardar relíquias pessoais.
Investigadores vão olhar câmeras de segurança
Os investigadores vão avaliar imagens de câmeras de segurança e interrogar funcionários para tentar chegar aos suspeitos. As autoridades também invstigam se há envolvimento de algum trabalhador do museu para facilitar a entrada dos ladrões, que usavam coletes amarelos como disfarce. Ninguém foi preso até agora.
De acordo com Laure Beccuau, promotora de Paris, uma das linhas de investigação é que o roubo tenha sido encomendado por um colecionador. Ela ainda afirmou que o envolvimento do crime organizado não está descartado. Neste caso, as joias poderiam ser usadas em transações para lavar dinheiro de origem ilegal.
Ninguém ficou ferido durante a ação.
*Com informações do g1 e do O Globo.
Leia mais
Tudo o que se sabe sobre assalto cinematográfico no Museu do Louvre em Paris











