O livro “Algumas de tantas mulheres de São José”, que conta a trajetória de diversas mulheres que marcaram a história de São José, em Santa Catarina, foi um dos lançamentos que ganhou destaque na segunda edição da Bienal do Livro do município.
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Lançado nesta sexta-feira (24), a obra das autoras Jane Maria de Souza Philippi e Giana Schmitt de Souza, reúne histórias e biografias de 55 mulheres que marcaram a trajetória de São José.
— O livro é um presente para São José. Ele nos faz olhar para o passado com respeito e para o futuro com inspiração. Giana e Jane prestam um verdadeiro serviço à nossa memória coletiva, dando voz às mulheres que ajudaram a construir nossa cidade e que, por muito tempo, ficaram invisíveis na história— destacou o secretário de Cultura e Turismo, Toninho da Silveira.
Diversas mulheres foram lembradas na obra, que promete emocionar o público. Entre as histórias reunidas, destacam-se também mulheres como Genoveva Inácia Joaquina, professora que alfabetizava meninas em Barreiros no século XIX e Dona Alcina Júlia da Conceição, a última lavadeira da Carioca, falecida aos 104 anos.
Wanda Ritta, escritora e historiadora e Zenir Josefa de Souza, oleira que desafiou o preconceito da época para conseguir trabalhar na área, até então, considerada masculina, também receberam destaque no livro.
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Além disso, a história de Thereza Grisólia Tang, a primeira juíza do Brasil, também completa a obra.
1° juíza do Brasil é de São José
Thereza Grisólia Tang nasceu em 1922 em São Luiz Gonzaga, no Rio Grande do Sul. Anos depois, Thereza se mudou para Santa Catarina para ir atrás de seu sonho na carreira da magistratura.
Em 21 de dezembro de 1954, aprovada em um concurso público em Santa Catarina, Thereza tomou posse como juíza do Estado e se tornou a primeira juíza no Brasil, segundo informações do Poder Judiciário de Santa Catarina.
Em 1975, Tang também se tornou a primeira desembargadora do país e assumiu a presidência da Corte estadual em novembro de 1989.
Thereza se aposentou em 1992 e faleceu em 2009, aos 87 anos. Atuando também em São José, Tang é reconhecida como uma das pioneiras que abriram caminho para a presença feminina no Judiciário.
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2° edição da Bienal do Livro em SC
A segunda edição da Bienal do Livro de São José, em Santa Catarina, acontece durante os dias 23 a 26 de outubro, no Centro de Atenção à Terceira Idade (Cati). Na última edição, em 2022, cerca de 50 mil leitores visitaram o evento, segundo dados da organização.
A programação da segunda edição da Bienal do Livro de São José contou com lançamentos literários, feira de livros, atrações culturais, feira de artesanato e gastronomia.
Veja fotos da primeira Bienal do Livro de São José
Para a Secretária de Educação, Cláudia Macário, obras como “Algumas de tantas mulheres de São José”, contribuem para o aprendizado dos estudantes que visitarão a Bienal.
— É fundamental que nossos alunos conheçam quem são os escritores josefenses e, principalmente, as mulheres que fizeram a diferença na nossa cidade. A leitura desse livro ajuda a despertar o sentimento de pertencimento e a valorizar a história viva de São José—
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Para Jane Maria de Souza Philippi, uma das escritoras do livro, o trabalho de pesquisa foi minucioso e essencial para revelar nomes esquecidos da história.
— Foram anos de pesquisa em arquivos, registros e relatos orais. Começamos a pensar no livro em 2017 e entrevistamos diversas mulheres e seus descendentes. Descobrimos histórias de mulheres josefenses e também de outras que vieram de diferentes regiões e deixaram sua marca aqui. Difundir essas trajetórias é manter viva a memória de quem ajudou a construir São José e abrir espaço para que novas gerações reconheçam o valor e a força dessas mulheres— disse.
A segunda edição do livro está prevista para ser lançada no ano que vem, segundo Jane, e deve contar a história das mulheres da Revolução Federalista de São José e do Executivo e do Legislativo. Além disso, mais 63 novas histórias de figuras femininas devem ser relatadas na obra.
Com linguagem sensível, “Algumas de tantas mulheres de São José” celebra a força, a coragem e o legado feminino que ajudaram a moldar a identidade cultural do município.
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Antonietas
Antonietas é um projeto da NSC que tem como objetivo dar visibilidade a força da mulher catarinense, independente da área de atuação, por meio de conteúdos multiplataforma, em todos os veículos do grupo. Saiba mais acessando o link.












