O presidente Luiz Inácio Lula da Silva questionou a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à presidência, anunciada na última semana, e declarou que “quem inventa muito nome é porque não tem nenhum”. A possibilidade de o filho mais velho de Jair Bolsonaro (PL) se consolidar como candidato é vista como praticamente “remota” pelo Palácio do Planalto.
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— A gente não escolhe candidato adversário. Vejo toda hora Tarcísio, Caiado, Zema, Ratinho, Michelle, Eduardo, inventando um monte de nome. Quem inventa muito nome é porque não tem nenhum. Eles estão em dúvida porque eles sabem que eles perderão as eleições em 2026. Nós passamos dois anos para reconstruir esse país e esse ano é ano da colheita, estamos colhendo melhor política de inclusão social que esse país já teve. E o ano que vem será ano da verdade em que país vai se dar conta do que está acontecendo nesse país — disse Lula em entrevista a uma emissora de TV de Minas Gerais.
Na visão de Lula e seus aliados, o nome de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), governador de São Paulo, é o mais competitivo no grupo adversário, porém o nome Bolsonaro nas urnas também apresenta um cenário difícil.
Apoiadores do governo avaliam que Flávio Bolsonaro, ainda que seja o nome mais moderado da família, deve ter dificuldades para unir o Centrão em sua candidatura, já que possui o desgaste de ser um Bolsonaro e a indicação do pai, preso por tentativa de golpe de Estado.
Na entrevista, Lula também respondeu críticas do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) de que seu governo seria “uma bomba relógio” e ironizou a possibilidade de Zema concorrer à presidência, citando um vídeo publicado em suas redes sociais comendo uma banana com casca.
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— Ele vai ter que pedir (votos) para o povo. É uma diferença muito grande (entre internet e campanha de rua). Vai ter que ir para a rua, vai ter que convencer, vai ter que explicar o que fez em Minas Gerais, e eu sinceramente prefiro comer um pão com mortadela do que banana com casca. Desde pequeno aprendi a descascar banana. Nem macaco come banana com casca, é uma coisa civilizatória.
*Com informações de Folha de S. Paulo e O Globo