Mais de 100 cadáveres em decomposição e mutilados foram encontrados durante uma operação policial na Nigéria, neste fim de semana. A suspeita da polícia é tráfico de órgãos, o que já está sendo investigado. Um hotel e um necrotério particular foram fechados e, supostamente, pertencentes a um suspeito de sequestro. As informações são do O Globo.

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A ação, realizada pela polícia do estado de Imo, foi na comunidade autônoma de Umuhu, no distrito de Ngor-Okpala. O principal suspeito está foragido, de acordo com o porta-voz da polícia de Imo, Henry Okoye. Agentes estiveram novamente na casa dele, onde foram coletadas provas adicionais.

— Peritos forenses obtiveram provas… e todos os cúmplices serão levados à justiça — afirmou Henry Okoye à agência de notícias Reuters.

No sábado (6), dia em que as as dezenas de corpos foram descobertos, o Comissário de Polícia do Estado de Imo, Aboki Danjuma, falou sobre as equipes de polícia e do governo terem sido surpreendidas pela cena que encontraram nas instalações.

O necrotério particular atuava de forma ilegal, e foi descoberto após uma denúncia.

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— Quando visitamos o local, vimos cadáveres espalhados, cadáveres mutilados, por toda parte. O que vimos, os cadáveres que descobrimos, somam mais de cem. E o dono do necrotério está foragido — disse Aboki Danjuma à imprensa.

Neste local, ainda segundo o comissário de polícia, é que seriam feitas as extrações de órgãos para tráfico. Ainda de acordo com a publicação nigeriana, Danjuma pediu que as famílias que tenham desaparecidos se apresentem para reconhecer os corpos encontrados nos dois estabelecimentos.

Segundo a Comissária de Saúde do Estado de Imo, Chioma Egu, o necrotério estava funcionando sem autorização do governo estadual. Além disso, o espaço não tinha estrutura para este tipo de operação e, sem acondicionamento correto, os corpos estavam em estado de decomposição avançado, de acordo com as autoridades.

— Consultamos nossos registros e não encontramos nenhum registro deste local ou de qualquer estabelecimento atualizado no Ministério da Saúde — disse Chioma Egu à imprensa, relatou o Premium Times.

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— Não há qualquer nível de preservação dos cadáveres. Há muitas evidências de mutilação — disse Okechukwu Ibeaja, patologista-chefe do Hospital Especializado do Estado de Imo.

O governo prevê que os corpos que não forem reconhecidos e reclamados pelas famílias sejam sepultados em um enterro coletivo. As instalações interditadas também devem ser demolidas.

Também estiveram presentes na operação o secretário de saúde de Imo, um patologista, autoridades locais e vigilantes que atuavam em conjunto com a polícia, destacou a Reuters.

*Sob supervisão de Vitória Loch