A Maratona Cultural de Florianópolis transformou as ruas da cidade em um grande palco de arte neste sábado (22), segundo dia do evento que celebra o aniversário da Capital. Com uma programação repleta de atividades para todas as idades, o evento atraiu um público diversificado, composto por crianças, jovens, famílias, idosos e adultos, que se espalharam pelos diversos pontos da cidade para aproveitar as atrações de música, visitas guiadas a museus, rodas de capoeira e teatro infantil.
Continua depois da publicidade
Clique aqui para receber as notícias do NSC Total pelo Canal do WhatsApp
Já nas primeiras horas de programação, às 10h, o público formava filas no pátio do palácio Cruz e Souza e na entrada Museu de Florianópolis, aguardando para participar das visitas guiadas. O evento mais badalado era a visita no palácio, conduzida por Rodrigo Stüpp, o Guia Manezinho, que contou a história da cidade, indo desde a visita de Dom Pedro II à antiga Desterro até a Revolução Federalista.
O evento no palácio começou a distribuir fichas para os passeios às 9h, mas conseguiu acomodar somente metade das cerca de 80 pessoas que aguardavam na fila para o passeio às 10h. A solução foi abrir turmas extras, às 11h e ao meio-dia.
— Sempre passamos pela Maratona Cultural. É uma oportunidade de conhecer tudo que a gente não conhece no dia a dia. Alguns museus, por exemplo, não abrem nos fins de semana, e na Maratona temos a oportunidade de conhecer esses espaços. É minha primeira vez aqui, inclusive — diz a estudante de Museologia Vitória Bilhão Rodrigues, de 21 anos, que visitou o Palácio junto a amigos.
Continua depois da publicidade
Veja a programação completa da Maratona Cultural neste sábado
No Museu de Florianópolis, administrado pelo Sesc, a visita guiada atraiu 60 pessoas, número que “extrapolou um pouquinho” a média de 30 a 40 visitantes que o local costuma receber em dias comuns, segundo a administração. O perfil dos visitantes na Maratona também é diferente, mais jovem.
— Nosso intuito é que as pessoas saiam daqui conhecendo realmente a história da cidade em que a gente vive. E também saiam observando por que a gente guarda o patrimônio histórico e cultural da cidade, por que precisamos proteger prédios antigos e por que precisamos do tombamento — diz Anna Júlia Serafim, técnica de atividades do Museu, que conduziu a visita.
Veja fotos das visitas aos museus
Capoeira na Catedral
No Largo da Catedral, um dos pontos mais emblemáticos de Florianópolis, o sol forte não desanimou o público que começou a se reunir por volta das 10h30min para acompanhar a roda de capoeira do grupo Filhos de Tigre. O grupo costuma se encontrar nesse mesmo local todo sábado, mas desta vez reuniu um grupo maior de espectadores.
Continua depois da publicidade
Na roda, crianças, adolescentes e adultos se revezavam nos movimentos, enquanto o coro cantava e batia palmas. O mestre Tigre, Patrício Coelho, comandava a roda incentivando todos a “sentirem a música”.
— Levanto a bandeira da capoeira com muita fé e muito amor — bradou o mestre, em certo momento, chamando a atenção de quem não acompanhava o coro.
A partir daí, o coro entoou alto o refrão “Tem que ter axé”, acompanhado de palmas e muita energia. Cada vez mais, a roda ia atraindo público.
— Sou paraense de nascimento e tô morando em Navegantes. Vim para Florianópolis a trabalho e decidi ficar o fim de semana para participar da Maratona. Fiz um roteiro de eventos que quero ir. À tarde, pretendo ir na caminhada das lavadeiras (pela comunidade do Monte Serrat) e à noite, quero ir no show da Teresa Cristina — diz Márcio Macedo, de 51 anos.
Continua depois da publicidade
Veja fotos da capoeira
Teatro e brincadeiras na Maratoninha
Para as crianças, a manhã foi repleta de diversão e aprendizado no Espaço Engie, localizado no Largo da Alfândega. A performance Kono – O Pequeno Grande Pássaro, apresentada pelo Grupo Kono, que combina danças e ritmos africanos e afro-brasileiros, encantou os pequenos.
Sentadas no chão, as crianças interagiam com os personagens, imitando os bichos e participando ativamente da apresentação.
— Viemos passear de bicicleta e acabamos ficando por aqui. Tô achando maravilhoso, com bastante criança, um evento muito legal para a cidade — diz Vitor Pereira, de 39 anos, que assistia à peça com o filho de três anos.
Continua depois da publicidade
O espaço também oferecia brincadeiras como xadrez em tamanho humano, amarelinha e um “cantinho literário” com prateleiras repletas de livros. Em um mundo onde as telas dominam a atenção das crianças, o local se destacou como uma alternativa lúdica e educativa, promovendo o contato com a arte e a imaginação.
— Esta é a primeira vez que trazemos nosso filho em um evento tão grande, com tantas coisas e tantas pessoas. Queremos introduzir ele nesse universo, do teatro, da música… — conta Luana Benazzi, de 31 anos, que trouxe o filho de dois anos à Maratoninha.
Veja fotos da Maratoninha
Leia também
Mapa mostra os pontos com atrações da Maratona Cultural 2025 em Florianópolis