A Polícia Federal cumpre mandados nesta sexta-feira (13) contra o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Inicialmente, investigadores e advogados informaram à TV Globo que havia uma ordem de prisão contra ele. No entanto, segundo a defesa do militar, essa determinação foi revogada e não chegou a ser cumprida. As informações são do g1.

Continua depois da publicidade

A operação é motivada pela investigação da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre uma suposta tentativa de Mauro Cid de obter cidadania portuguesa e, em seguida, fugir do Brasil. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, enviou uma representação ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, solicitando buscas contra Cid após familiares dele deixarem o Brasil.

O texto afirma que, em maio de 2025, os pais, a esposa e as filhas de Cid deixaram o Brasil em direção a Los Angeles (EUA), por um voo com escala no Panamá. A ausência de registros da saída de uma das filhas gerou suspeita.

Conforme a PF, o ex-ministro do Turismo Gilson Machado, que comandou a pasta na gestão Jair Bolsonaro, teria teria atuado junto ao Consulado de Portugal em Recife (PE), em maio de 2025, para emitir um passaporte português para Cid, de acordo com a PF. O objetivo era facilitar a saída do ex-ajudante de ordens do Brasil.

Ainda nesta sexta, segundo apurado pelo blog da Andréia Sadi, do g1, Gilson Machado também foi preso por relação com o mesma investigação. De acordo com os advogados de Mauro Cid, ele deve ser levado a prestar esclarecimentos à PF ainda na manhã desta sexta.

Continua depois da publicidade

Cid, Bolsonaro e outros 29 são réus por uma tentativa de golpe de Estado que, segundo a PGR, tinha o objetivo de manter o ex-presidente no poder após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022

A advogada Vânia Bittencourt, uma das responsáveis pela defesa de Mauro Cid, afirmou à GloboNews que o militar e a família têm cidadania e carteira de identidade portuguesas. Segundo Vânia, Mauro Cid se dispôs a entregar o documento à Justiça brasileira e não tem planos de pedir passaporte ou deixar o Brasil sem autorização.

Cid, Bolsonaro e outros 29 são réus por uma tentativa de golpe de Estado que, segundo a PGR, tinha o objetivo de manter o ex-presidente no poder após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022.

Leia mais

Governo de SC decreta situação de emergência em todo o Estado por superlotação nas UTIs