Uma organização criminosa de Santa Catarina entrou na mira da Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (21) por suspeita de fraudes contra a Caixa Econômica Federal. Nove mandados de busca e apreensão e dez de prisão foram cumpridos em Balneário Camboriú, Camboriú e Itajaí nesta manhã. Das contas dos suspeitos a PF bloqueou mais de R$ 40 milhões.

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Segundo a PF, as investigações começaram depois que três pessoas foram presas em flagrante no Rio Grande do Sul por sacar dinheiro de contas da Caixa usando documento falso e biometria irregular. O caso levou os policiais à organização criminosa de Santa Catarina, de onde vinham as ordens dos “cabeças” do grupo. As fraudes ocorriam em diferentes Estados, não só o Rio Grande do Sul.

Assim, nesta terça foi deflagrada a Operação Digitus Fraus para desarticular os criminosos. Além das cidades catarinenses, Brasília e Porto Alegre também tiveram mandados de busca e de prisão cumpridos. Foram sequestrados 17 veículos e um imóvel, além do bloqueio de valores nas contas investigadas, cujo total chega a R$ 42 milhões. A quantia deve garantir o futuro ressarcimento dos prejuízos causados às vítimas.

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Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, estelionato majorado, falsidades documentais, além de lavagem de dinheiro e outros delitos.

Como funcionava o esquema

O esquema consistia na utilização de dados das vítimas para fabricação de documentos falsos e acesso às respectivas contas. Outra modalidade de fraude se dava pelo cancelamento de cartões via telefone, com solicitação de segunda via, cujo envio era direcionado para membros do grupo criminoso. De posse do novo cartão, os valores das contas eram depositados ou transferidos para laranjas.

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