Menos da metade das crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos tomaram a segunda dose da vacina contra a dengue em Santa Catarina. Os dados do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI), atualizados na última terça-feira (24), indicam que das 142,7 mil doses recebidas no Estado, apenas 65,4 mil foram aplicadas na primeira etapa, e pouco mais de 21,9 mil pessoas retornaram para a segunda dose. 

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Segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC), entre as 221.203 crianças e adolescentes, considerados o público-alvo no Estado, 152.625 ainda não tomaram a primeira dose do imunizante contra a dengue. Em relação à segunda dose, os dados são ainda piores: 197.082 pessoas ainda não retornaram para a aplicação do reforço. 

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A região Oeste é a que menos aplicou a segunda dose do imunizante, com apenas 0,78% do público-alvo vacinado. Em seguida estão o Vale do Itajaí, com 5,08%, Grande Florianópolis, com 9,85% e a região Norte, com 19,37%. 

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A vacinação contra a dengue em Santa Catarina é um reflexo dos índices nacionais. Segundo o Ministério da Saúde, 2,2 milhões de primeiras doses foram aplicadas no território nacional, contudo, há apenas 636 mil registros de segundas doses. Isso significa que menos da metade das pessoas, que tomaram a dose inicial, buscaram a dose adicional.

O público-alvo, em 2024, é composto por crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações por dengue, depois de pessoas idosas, grupo para o qual a vacina não foi liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

— Dentro da faixa etária indicada pelo laboratório para receber a vacina, selecionamos o intervalo com maior número de hospitalizações por dengue no Brasil. Contudo, esse público tem uma adesão menor, justamente por não ser uma idade que frequenta os serviços de saúde rotineiramente. Por isso, os pais e responsáveis precisam levar as crianças e adolescentes para se vacinar. É um ato de amor e de responsabilidade — destaca a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

Dengue em Santa Catarina

Até 23 de setembro, último boletim divulgado pela Dive/SC, Santa Catarina tinha 361.709 casos prováveis de dengue. Na comparação com o mesmo período de 2023, o aumento foi de 160,17%. Em 2024, já foram confirmadas 338 mortes pela doença. Secretarias municipais de Saúde e a Secretaria de Estado da Saúde ainda investigam quatro óbitos que podem ter sido causados pelo vírus.

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Ações para eliminar os focos do mosquito

  • Evite que a água da chuva fique depositada e acumulada em recipientes como pneus, tampas de garrafas, latas e copos;
  • Não acumule materiais descartáveis desnecessários e sem uso em terrenos baldios e pátios;
  • Trate adequadamente a piscina com cloro. Se ela não estiver em uso, esvazie-a completamente sem deixar poças de água;
  • Manter lagos e tanques limpos ou criar peixes que se alimentem de larvas;
  • Lave com escova e sabão as vasilhas de água e comida de seus animais de estimação pelo menos uma vez por semana;
  • Coloque areia nos pratinhos de plantas e remova duas vezes na semana a água acumulada em folhas de plantas;
  • Mantenha as lixeiras tampadas, não acumule lixo/entulhos e guarde os pneus em lugar seco e coberto.

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