Por Karin Quandt*
O desenvolvimento ágil tornou-se uma constante nas empresas. O modelo ágil, no início, era restrito às empresas de tecnologia. Posteriormente, esse modelo se expandiu, e, hoje, conquistou vários departamentos.
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Adotar uma metodologia ágil e segui-la, não significa ser ágil. Para isso, é preciso formar times de alto desempenho que sejam capazes de resolver os mais variados tipos de desafios e de responder a mudanças.
Sabemos que não é uma tarefa fácil, principalmente quando o nosso comportamento influencia muito em nosso dia a dia. Quando me formei, em 2005, pouco se falava em desenvolvimento ágil, e era muito comum as empresas utilizarem ainda os modelos convencionais.
Eu me via em um ambiente onde como Analista de Teste, recebia ao final uma versão do sistema com uma parafernália de documentação, em um nível de detalhamento tão grande que poucas dúvidas surgiam no planejamento dos meus testes. Eu não era inserida nas reuniões, pois havia um ciclo de desenvolvimento de sistema com apenas uma entrega final ao cliente.
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Eu não tinha uma visão completa de como um sistema nascia, muito menos não era claro para mim como era realizado o desenvolvimento. A equipe de trabalho não interagia muito, e não havia troca de experiências e como resultado faltava a preocupação constante em expandir aprendizado para além de sua área.
A primeira vez que me vi inserida em um cenário ágil foi em 2009, e desde então precisei entender melhor sobre esse mundo e me atualizar em busca de conhecimento e de respostas para as dificuldades que enfrentava a cada dia no meu trabalho.
Assim, desde 2009, trabalho com metodologia ágil e durante todos esses anos, de constante aprendizado e experiências tento evidenciar a todo momento que somos um time e que compartilhamos responsabilidades. Procuro me organizar com minhas tarefas e sempre me comunicar de forma clara e constante com todo o time e interessados. Vejo que a comunicação é essencial para que todos possam focar na entrega de valor contínua e lidar melhor com as mudanças.
Entendo que a cooperação constante entre as pessoas e o compartilhamento de aprendizado são importantes quando adotamos esse modelo, pois trocar ideias e experiências une os profissionais, auxilia-os a pensar da mesma forma e assim temos sempre ajuda mútua, nos mantemos motivados e consolidamos nossa relação de confiança.
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Como trabalhamos com melhoria contínua, temos que ter em mente a qualidade o tempo todo. E esse é um conceito que todo o time deve ter: Devemos pensar que temos que melhorar sempre, de vencer o caminho realizando-o no menor número de vezes possível. Pois com o modelo ágil, fazemos entregas constantes e devemos manter o ritmo com os clientes, prezando por prazo e qualidade.
Para conseguir um comportamento ágil, acredito que precisamos identificar nosso propósito dentro da empresa e do time que atuamos. Entender que estão todos trabalhando para o mesmo fim. Atuar nas atividades e expor o pensamento sem medo, procurar ser assertivo, discutir melhorias, ser ousado e ter atitude pode contribuir para a construção de um ambiente colaborativo; onde todos os integrantes se sentem comprometidos com todas as etapas do trabalho, não apenas com as tarefas que estão realizando.
Tendo um propósito claro, penso que aumenta nossa capacidade de refletir frequentemente se estão caminhando em direção a esse propósito e assim, conseguimos que todos trabalhem com a abordagem voltada para resultados, potencializando assim a criatividade, inovação e flexibilidade.
*Karin Quandt, analista de teste de software. A Tech Power é uma iniciativa que busca ampliar a participação e liderança feminina no setor tecnológico da Grande Florianópolis por meio da comunicação. O projeto foi criado por mulheres que trabalham na Dialetto, empresa de assessoria de imprensa e marketing digital especializada em tecnologia.
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