O ministro do Turismo, Celso Sabino, anunciou nesta sexta-feira (29) sua demissão do cargo no governo Lula (PT). Ele segue a determinação de seu partido, União Brasil, que pediu que os filiados deixassem os cargos na gestão petista, na semana passada. As informações são do g1.

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— Tive uma conversa hoje com o presidente da República, em virtude da decisão do partido ao qual eu sou filiado tomou, de deixar o governo, e vim hoje aqui cumprir o meu papel, entreguei ao presidente a minha carga e o meu pedido de saída do Ministério do Turismo, cumprindo a decisão do meu partido —anunciou Sabino.

Celso Sabino é filiado ao União Brasil e foi eleito deputado federal pelo Pará. Ele retornará à Câmara dos Deputados após dois anos à frente do Ministério do Turismo.

Sabino manteve conversas nas últimas semanas com dirigentes e aliados para tentar uma solução e evitar a saída da pasta. Ele, no entanto, conseguiu adiar a saída em poucos dias com o argumento de que teria agendas para cumprir relacionadas à pasta. O ministro gostaria de seguir no cargo ao menos até a realização da COP30, que será realizada em novembro em Belém.

Saída do União Brasil

Na quina-feira passada (18), o União Brasil deu um prazo de 24 horas para que filiados nomeados para cargos no governo Lula (PT) deixem os postos, “sob pena de prática de ato de infidelidade partidária”. A direção do partido disse que a decisão foi tomada por meio de resolução.

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Além de chefiar até então o Ministério do Turismo, o União foi o responsável por indicar os atuais ministros da Integração e do Desenvolvimento Regional (Waldez Góes, que é do PDT) e das Comunicações (Frederico Siqueira).

Na nota, a direção nacional do partido também manifestou “irrestrita solidariedade” ao presidente da sigla, Antônio Rueda, após o dirigente partidário passar a constar nas investigações da Polícia Federal (PF) que apuram a infiltração de uma organização criminosa nos setores financeiros e de combustíveis no Brasil.

“Esse posicionamento, aliás, foi hoje unanimemente reforçado pela aprovação da resolução que determina aos filiados do União Brasil o desligamento, em até 24 (vinte e quatro) horas, dos cargos publicos de livre nome ação na Administração Pública Federal Direta ou lndireta, sob pena de prática de ato de infidelidade partidária”, diz a nota.

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