O anticoncepcional é uma das invenções da ciência que mais tiveram impacto na vida de mulheres de todo o mundo. O método contraceptivo não só garantiu mais autonomia sexual às mulheres como também possibilitou que elas pudessem regular quando seriam e se queriam ser mães. Mas, mesmo sendo algo recorrente do dia a dia, ainda há muitas dúvidas sobre o funcionamento dos comprimidos. Confira três mistos e três verdades sobre os anticoncepcionais.

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História dos anticoncepcionais 

De acordo com a professora Camila Abdo, em entrevista para o Jornal da USP, o método contraceptivo foi desenvolvido depois da Segunda Guerra Mundial, quando a “mulher iniciou sua vida profissional efetivamente, a partir do momento em que só o homem não conseguia prover os gastos domésticos da situação pós-guerra de penúria de muito desequilíbrio econômico-social”, aponta a especialista.

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Vale destacar que, nesse período, já existiam formas de evitar a gravidez, mas nada que chegasse perto da eficácia do anticoncepcional. Desse modo, a indústria farmacêutica passou a pensar um contraceptivo que garantisse que a mulher pudesse trabalhar por longos períodos sem ser surpreendida por uma gravidez que não fosse planejada.

Mitos e verdades sobre o anticoncepcional 

“Tomar anticoncepcional por muito tempo causa infertilidade?” — Mito

Muita gente acredita que quem toma anticoncepcional por anos perde a fertilidade e não pode engravidar mais. Mas, de acordo com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (DF), isso é falso.

Se depois de parar de tomar a pílula a mulher descobrir que é infértil, a causa é algum problema de saúde anterior, que não teria sido causado pelo métoco contraceptivo.

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“A pílula faz a mulher engordar?” — Mito

Ainda segundo a Secretaria de Saúde do DF, a sensação de se ter mais peso quando se toma o anticoncepcional é causada pela retenção de líquidos, e quando se para de tomar, o inchaço acaba. Contudo, a pílula pode, sim, aumentar o apetite de quem a toma. Se isso acontecer, deve haver certo controle com dietas e exercícios. 

“Qualquer mulher pode tomar anticoncepcional?” — Mito

Esse mito é até bastante perigoso. Isto pois existem casos de saúde nos quais a pílula é completamente contraindicada para determinadas pessoas.

A Secretaria de Saúde do DF aponta que mulheres que já tiveram AVCs, câncer de mama e câncer de ovário não podem tomar esse medicamento.

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“A troca de anticoncepcional aumenta o risco de engravidar?” — Verdade

Quando a mulher está em um processo de troca para um anticoncepcional com dosagem inferior, é preciso prestar atenção pois o processo pode acarretar em gravidez.

A recomendação da Secretaria de Saúde do DF é tomar a nova pílula apenas depois da menstruação, quanto a cartela acabar.

“Existem pílulas que diminuem o excesso de pêlo no corpo?” — Verdade

Algumas pílulas anticoncepcionais agem também diretamente na testosterona, hormônio responsável pelo crescimento de pelos. Portanto, alguns tratamentos podem diminuir os pelos no corpo da mulher.

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“Alguns medicamentos cortam o efeito da pílula?” — Verdade

Por fim, é real que alguns medicamentos podem cortar o efeito das pílulas. Conforme a Secretaria de Saúde do DF, alguns deles são os remédios para a tuberculose e a griseofulvina.

Anticoncepcional para homens 

Até o momento, além da vasectomia, não existe nenhum método que seja anticoncepcional para homens, semelhante ao de mulheres.

Porém, segundo o Conselho Federal de Farmácia (CFF), em janeiro de 2024 um gel contraceptivo não hormonal voltado para o sexo masculino teve 99% de eficácia nas pesquisas. Segundo o artigo do CFF, esse gel, duradouro mas reversível, bloqueia a saída de espermatozóides na ejaculação masculina. A ideia é que a fórmula esteja disponível para venda em 2027.

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