O governador de São Paulo, José Serra, e o ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência, Paulo Vannuchi, participaram da inauguração do monumento em homenagem ao ex-deputado catarinense Paulo Stuart Wright, na tarde desta sexta-feira, em Florianópolis. Wright, que era natural de Joaçaba, desapareceu em São Paulo, durante a ditadura militar, em setembro de 1973.

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O monumento, uma placa de vidro sustentada por estrutura de ferro, com uma foto e dados biográficos de Paulo, fica na Praça Tancredo Neves. O filho de Paulo, João Stuart Wright, secretários e parlamentares, além de familiares de 10 catarinenses desaparecidos durante o regime militar, também participaram do ato.

Antes da inauguração da placa, houve uma sessão em honra de Paulo Stuart Wright no Plenarinho da Assembleia Legislativa. A homenagem faz parte das atividades da Caravana da Anistia, um projeto de educação em Direitos Humanos promovido pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça.

Quem foi Paulo Stuart Wright

Nascido em Joaçaba, em 1933, Paulo Stuart Wright era sociólogo. Trabalhou na construção civil, ajudou a criar os primeiros sindicatos de Joaçaba, foi o primeiro candidato protestante à prefeitura do município e líder do movimento Ação Popular, originário dos egressos dos movimentos estudantis Juventude Universitária Católica (JUC) e Associação Cristã de Acadêmicos (ACA).

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Em setembro de 1973, foi seqüestrado pelo Exército e levado ao Doi-Codi de São Paulo, onde foi morto por torturas. Ainda não se sabe o que fizeram com seus restos mortais.