O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a prisão de um morador de Joinville e de mais três pessoas condenadas pelos atos golpistas do 8 de janeiro. Os mandados de prisão foram expedidos após as ações penais transitarem em julgado, ou seja, não permitirem mais recursos, de acordo com informações publicadas pelo jornal O Globo e confirmadas pelo NSC Total.
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Evandro Ericson Vieira de Medeiros, morador da cidade no Norte de Santa Catarina, foi condenado a dois anos e cinco meses de prisão em regime semiaberto por incitação ao crime e associação criminosa. De acordo com informações do Banco Nacional de Medidas Penais e Prisões, mantido pelo Conselho Nacional de Justiça, a condenação decorre de sua participação em um acampamento ilegal montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília.
Segundo a decisão do ministro Alexandre de Moraes, na última sexta-feira (5), o grupo tinha uma “complexa estrutura organizacional” e o “propósito criminoso amplamente difundido e previamente conhecido” de defender publicamente um golpe de Estado, uma intervenção militar e ataques à independência do Poder Judiciário.
A decisão foi baseada em confissões de outros coautores, além de imagens e vídeos postados pelo próprio réu e a prisão em flagrante de Evandro no local do acampamento. Ele também foi condenado a pagar, junto com todos os outros réus condenados no mesmo processo, uma multa coletiva mínima de R$ 5 milhões por danos causados à democracia brasileira.
O NSC Total tenta localizar as defesas dos condenados. O espaço segue aberto.
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Outras prisões
Além de Evandro, Moraes determinou a prisão de Jorgeleia Schmoeler, moradora de Juara (MT) gravada durante os atos golpistas afirmando que estava “ajudando a invadir os Três Poderes”, e Robson Victor de Souza, de Juiz de Fora (MG), que aparece em vídeo dentro do Palácio do Planalto. Ambos receberam penas de 14 anos de prisão.
Márcio Castro Rodrigues, morador de Porto Velho (RO), também foi preso no acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília. Rodrigues também foi condenado por incitação ao crime e associação criminosa, a dois anos e cinco meses de prisão.
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