A cantora e compositora Cristina Buarque, irmã do também cantor Chico Buarque, morreu neste domingo (20), aos 74 anos, no Rio de Janeiro, em decorrência de complicações de um câncer. A informação foi confirmada pelo filho da artista, Zeca Ferreira, nas redes sociais.
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Cristina era filha do historiador Sérgio Buarque de Hollanda e da intelectual e pianista Maria Amélia Buarque de Hollanda, e gravou a canção Quantas Lágrimas, no álbum Cristina, em 1974, que a tornou nacionalmente conhecida.
Embora não gostasse dos holofotes, era chamada pela turma do samba de “Chefia” e considerada uma enciclopédia do gênero musical. O filho publicou uma homenagem nas redes sociais:
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De origem paulistana e criação carioca, Cristina se apresentou inicialmente em 1967 como convidada do compositor paulista Paulo Vanzolini (1924 – 2013) no álbum Onze sambas e uma capoeira (1967), dando voz ao samba Chorava no meio da rua, de Vanzolini.
Depois, dividiu com Chico Buarque a interpretação do samba-canção Sem fantasia (1968), no terceiro álbum do cantor. E a partir daí trilhou seu próprio caminho seguindo a trilha aberta pelos bambas da velha guarda do samba.
Em seu primeiro álbum, de 1974, a cantora deu voz a sambas de Cartola (1908 – 1980), Manacéa (1921 – 1995), Noel Rosa (1910 – 1937), Ismael Silva (1905 – 1978) e Ivone Lara (1922 – 2018), entre outros.
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Ela também serviu de referência para cantoras como Marisa Monte e Mônica Salmaso. No álbum Prato e faca, por exemplo, Marisa Monte conheceu Esta melodia (Bubu da Portela e Jamelão, 1959), samba ao qual daria projeção ao regravá-lo no disco Verde, anil, amarelo, cor-de-rosa e carvão (1994), lançado por Marisa 20 anos após o LP de Cristina.
A coerência da discografia referencial de Cristina Buarque ficou atestada ainda nos álbuns Arrebém (1978), Vejo amanhecer (1980), Cristina (1981) e Resgate (1994).
A partir de 1995, Cristina incorporou o famoso sobrenome Buarque à identidade artística, ciente de que todo mundo já sabia que ela nunca se beneficiou do parentesco próximo com Chico.
*Com informações do Metrópoles e do g1.
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