As polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro atuam nesta terça-feira (28) em uma megaoperação contra uma facção criminosa. A ação nos complexos da Penha e do Alemão já deixou 64 mortos, entre eles dois policiais civis e ao menos outros seis agentes. As informações são de O Globo e g1.
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De acordo com números do Palácio Guanabara, esta é a operação mais letal da história do estado. A ação segue em andamento e integra mais uma etapa da Operação Contenção, que busca combater o avanço de facções criminosas no território fluminense. Entre os seis feridos estão duas pessoas apontadas pela polícia como suspeitos.
A megaoperação tem como objetivo cumprir mandados de prisão contra integrantes de uma facção criminosa, sendo 30 deles fora do Rio de Janeiro, que estariam escondidos em favelas. A última atualização aponta que 81 pessoas foram presas e 75 fuzis, 2 pistolas e 9 motos foram apreendidos.
Promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) e 2,5 mil policiais estão mobilizados na ação para cumprir 100 mandados de prisão.
Quem são os mortos em megaoperação
Até o momento, a identidade de alguns mortos foi divulgada. São eles:
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- Marcus Vinícius – policial civil da 53ª DP (Mesquita) que era conhecido como Máskara. Ele morreu no Hospital estadual Getúlio Vargas
- Rodrigo Velloso Cabral, de 34 anos, da 39ª DP (Pavuna);
- Cleiton Searafim Gonçalves, policial do Bope;
- Herbert, policial do Bope.
Entre os mortos estão quatro policiais civis, três policiais militares, dois homens apontados como traficantes vindos da Bahia e quatro moradores. Ainda, três inocentes foram atingidos: um homem em situação de rua, atingido nas costas por uma bala perdida ; uma mulher que estava em uma academia e também foi ferida, mas já recebeu alta; e um homem que estava num ferro-velho.
Moradores relatam tiroteios
Nas redes sociais, moradores dos conjuntos de favelas alvos da operação relatam os intensos tiroteios. Ainda no fim da madrugada, no momento da chegada das equipes, os traficantes reagiram com tiros e barricadas.
Como forma de represália, diversas barricadas foram feitas por eles em outras partes da cidade, com veículos tomados ou entulho, na Linha Amarela, na Grajaú-Jacarepaguá e na Rua Dias da Cruz, no Méier, entre muitos outros locais. Por conta disso, o Centro de Operações e Resiliência (COR) do Rio elevou o estágio operacional da cidade para o nível 2, de uma escala de 5.
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As atividades administrativas da Polícia Miltiar foram suspensas e todo o efetivo foi colocado na rua.
Bombas foram arremessadas por drones em represália
🚨 #OperaçãoContenção
— Governo do RJ (@GovRJ) October 28, 2025
Em represália, criminosos usaram drones para atacar policiais no Complexo da Penha.
Mesmo sob ataque, as forças de segurança seguem firmes no combate ao crime! pic.twitter.com/eGXIWGABkS
O que diz o governo do RJ
Ao g1, o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro afirmou que a operação foi planejada com muita antecedência. Ao menos cinco unidades de Atenção Primária foram fechadas, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.
Já segundo a Secretaria Municipal de Educação, 28 escolas fecharam no Complexo do Alemão. Na Penha, 17 não abriram. Um colégio precisou ser fechado e 12 linhas de ônibus estão com os itinerários desviados preventivamente para a segurança de rodoviários e passageiros.
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