O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) denunciou nessa quarta-feira (30) o motorista de 35 anos que atropelou e matou Aline Rabuske, 31 anos, e seu noivo Dionn Roberth Ferreira, 28, na BR-101, em Penha, no Litoral Norte catarinense. O acidente ocorreu na madrugada do último sábado (26), enquanto o casal trocava um pneu no acostamento da rodovia.

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A denúncia, protocolada pelo promotor de Justiça responsável, imputa ao réu a prática de dois crimes de homicídio culposo na direção de veículo automotor, conforme o artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro, com agravantes previstas no artigo 302, §1º, inciso II, que trata de homicídio culposo cometido sob influência de álcool.

O MPSC também considera a omissão do dever de cuidado, uma vez que o motorista dirigia sob efeito de bebida alcoólica e em alta velocidade, mesmo sabendo dos riscos inerentes à conduta.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o motorista fez o teste do bafômetro logo após o acidente, com resultado positivo para o consumo de álcool. Ele foi preso em flagrante ainda no local, mas sua identidade não foi divulgada. O acusado saiu ileso do acidente, enquanto o casal morreu na hora.

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Quem era o casal morador de Balneário Camboriú atropelado durante troca de pneu na BR-101

Aline, médica veterinária e filha do ex-prefeito de Pinheiro Preto, no Meio-Oeste de Santa Catarina, foi descrita por seu pai, Pedro Rabuske, como uma mulher alegre e batalhadora.

“Aline era muito feliz, sabia viver. Trabalhava, se divertia e resolvia os problemas sempre com alegria”, declarou o pai, visivelmente abalado.

Ele também explicou que o casal já havia terminado de trocar o pneu e estava apenas limpando as mãos quando foi atingido.

Além das duas mortes, outras duas pessoas da família ficaram feridas. A mãe de Dionn, de 55 anos, que sinalizava a pista no momento do acidente, e uma adolescente de 17 anos, sobrinha do casal, que caiu em uma vala com o impacto. A jovem foi socorrida consciente, mas abalada emocionalmente pela perda dos tios.

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Em nota, o Ministério Público destacou que a denúncia considera ainda o cenário agravado pela conduta negligente do denunciado em uma rodovia de grande fluxo, o que, na visão do órgão, exige punição exemplar para garantir a função preventiva da lei penal.

A Justiça catarinense deverá analisar a denúncia e decidir nos próximos dias sobre o recebimento da peça acusatória e a possível conversão da prisão em preventiva. Se condenado, o motorista poderá cumprir pena de até 10 anos de reclusão por cada homicídio culposo qualificado, além das sanções administrativas previstas no Código de Trânsito.

*Com informações do g1 SC

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