A ex-mulher de Francisco Wanderley Luiz, homem que provocou o atentado ao Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília, foi transferida para o Hospital Tereza Ramos, em Lages, na Serra catarinense. Daiane Dias, de 41 anos, teve 100% do corpo queimado após atear fogo na casa em que o ex-companheiro morava, em Rio do Sul, na manhã deste domingo (17). A unidade é referência no atendimento a pacientes com queimaduras no Estado, conforme informações do g1.
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A mulher havia sido levada, primeiramente, para o Hospital Regional Alto Vale, na mesma cidade em que ocorreu o incêndio. Ainda na noite de domingo, porém, ela foi encaminhada para outra unidade, já que teve queimaduras de primeiro, segundo e terceiro graus. A informação foi confirmada ao g1 pelo hospital em Rio do Sul e pela Polícia Civil, que não atualizou o quadro clínico dela.
A Secretaria de Estado da Saúde também foi questionada, mas esclareceu que, conforme o Conselho Federal de Medicina (CFM), não é permitido fornecer dados de pacientes atendidos ou internados na rede de assistência estadual.
Casa foi incendiada na manhã de domingo
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Daiane comprou o produto inflamável na manhã de domingo, em uma loja de Rio do Sul, segundo a Polícia Civil. Depois disso, voltou para a casa de Francisco — também conhecido como Tiü França — e provocou o incêndio enquanto permanecia dentro do imóvel.
Para as autoridades, a principal hipótese é de que a mulher tenha colocado fogo na residência propositalmente em uma tentativa de tirar a própria vida. Ela foi retirada do local por um vizinho que presenciou o ocorrido.
Durante a perícia, a Polícia Científica também encontrou uma jaqueta que teria sido utilizada por Daiana e que aparentava conter material inflamável, conforme informou o delegado Bruno Reis ao g1. Foram coletados, ainda, outros itens para ajudar a identificar o que causou as chamas.
Para a Polícia Civil, o incêndio em Rio do Sul não tem relação com o atentado contra o STF, quando Francisco detonou explosivos na Praça dos Três Poderes, em Brasília, na noite de quarta-feira (13). Ao ser abordado por um vigilante, o homem deitou no chão e acionou mais um artefato próximo ao corpo, causando a própria morte. A Polícia Federal trata o crime como terrorismo.
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O incêndio deste domingo é investigado pela PF dentro do mesmo inquérito que apura o atentado da última quarta. O Corpo de Bombeiros Militar também esteve na casa na manhã desta segunda-feira (18) para fazer uma perícia no local. O laudo deve ficar pronto em até 30 dias.
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