O caso de cárcere privado e violência doméstica descoberto em Gaspar no fim de semana trouxe à tona os dias de terror que a vítima viveu. Ela só foi salva pela Polícia Militar por conta de um bilhete escrito em um papel higiênico no banheiro de uma conveniência no bairro Gasparinho, em que denunciou a situação.
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Aos policiais, ela contou sobre o ciclo de agressões que viveu nas mãos do próprio companheiro, que incluiu também a gravação forçada de um vídeo íntimo e ameaças por parte dele de divulgação do conteúdo.
O homem foi preso na manhã de sábado (5), após o funcionário de uma loja de conveniência encontrar o bilhete deixado pela mulher no banheiro na noite anterior. Os dois foram ao estabelecimento após a vítima alegar que queria comprar cigarro.
No papel, estava o endereço da vítima e o texto: “Estou em cárcere privado, 190”. A Polícia Militar (PM) foi acionada e fez a prisão do homem. A mulher foi encontrada em estado de choque, com lesões no pescoço, rosto e seios.
“A guarnição ao chegar a residência conseguiu visualizar pela janela um homem no interior muito nervoso e se recusando a abrir a porta. Diante dos fatos a guarnição precisou forçar a entrada”, diz o relatório policial.
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“Ela relatou que foi agredida três vezes até a presente data, e que ele a obrigou a fazer sexo com ele sob ameaça de agressão. Informou ainda que ele gravou um vídeo íntimo sem o seu consentimento e fez ameaças de divulgar o conteúdo em grupos de WhatsApp e nas redes sociais caso ela tentasse ir embora”, detalha o relatório policial.
A mulher contou ainda aos policiais que tinha medida protetiva por agressão contra o homem e que estavam separados há seis meses, porém retomaram o relacionamento na terça-feira (30), três dias antes do pedido de socorro. No dia das agressões e ameaças de morte, a vítima relatou aos policiais que chegou em casa e teve o celular quebrado pelo homem ao se recusar a desbloquear o aparelho.
O homem foi detido e levado à delegacia e deverá passar por audiência de custódia. Contra ele, há na Polícia Civil 44 boletins de ocorrência. A corporação não detalhou os motivos dos BOs.
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