Muitos buscam a redução na balança, mas o emagrecimento saudável exige focar na queima de gordura, e não apenas no peso total. A redução rápida pode ser ilusória, vinda da perda de água ou glicogênio, e não do tecido adiposo essencial.

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A chave para um corpo mais saudável e definido reside na combinação de dois pilares fundamentais: uma alimentação focada em nutrientes específicos e a prática correta de exercícios musculares.

O acompanhamento de nutricionistas e educadores físicos é vital para evitar equívocos comuns no caminho da transformação corporal desejada.

Entender essa distinção é o primeiro passo para o sucesso duradouro no controle do seu peso corporal. O foco precisa ser a composição corporal, onde a redução da gordura é prioridade máxima para a saúde metabólica.

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Diferença entre peso e gordura corporal

A nutricionista Sabrina Theil, CEO da Doutora Fit, esclareceu ao portal CNN que a balança reflete o peso total, uma soma de todos os componentes do corpo humano. Isso inclui ossos, órgãos, água, músculos e reservas de gordura, incluindo o conteúdo do sistema digestivo.

“Assim, quando falamos em ‘perder peso’, essa redução pode vir de diferentes componentes, como água, glicogênio (forma de armazenamento de energia), massa muscular ou gordura. Já a perda de gordura corporal se refere especificamente à redução do tecido adiposo, aquele que está relacionado a riscos metabólicos e cardiovasculares”, pontua a especialista.

Estudos endossam a viabilidade de um emagrecimento focado na gordura, mantendo a massa magra intacta, se as estratégias forem seguidas. Isso requer um déficit calórico controlado e a ingestão proteica adequada, sempre junto a um plano de treino consistente.

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“Esses fatores associados, quando bem planejados, levam uma redução de gordura corporal preservando a massa muscular”, garante Sabrina Theil, reforçando a importância do planejamento individualizado para o processo.

Nutrição essencial para preservar massa magra

A qualidade da dieta é tão relevante quanto o controle calórico para alcançar o objetivo de perder gordura sem sacrificar os músculos. Certos nutrientes desempenham um papel crucial na sustentação da massa magra durante o déficit calórico estipulado.

A proteína se estabelece como o pilar central nesse processo de emagrecimento. Ela fornece os aminoácidos necessários para a manutenção e até construção muscular, além de aumentar significativamente a saciedade do indivíduo.

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“A proteína é o pilar do emagrecimento saudável isso porque além de fornecer aminoácidos para manutenção e construção de músculos, também aumenta a saciedade e o gasto energético da digestão. As recomendações variam de acordo com o peso, nível de atividade física e objetivo, um consumo em média de 1,5 g por quilo de peso corporal por dia, fracionados ao longo do dia, tem mostrados resultados satisfatórios para a perda de peso com preservação de massa muscular”, detalha Sabrina.

Os carboidratos, fonte primária de energia, também precisam de atenção especial na escolha. É fundamental priorizar aqueles com alto teor de fibras, o que auxilia na saciedade e na saúde intestinal do indivíduo.

“Carboidratos de qualidade estabilizam os níveis de glicose, fornecendo energia constante para o treino e reduzindo a necessidade de o corpo usar proteínas musculares como fonte de energia”, explica a nutricionista, validando a estratégia alimentar para treinos eficazes.

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Micronutrientes de suporte muscular

Além dos macronutrientes, a especialista lista micronutrientes que são verdadeiros aliados na manutenção da força e recuperação muscular durante a fase de queima de gordura corporal desejada.

A Vitamina D é citada por sua participação direta na força que os músculos conseguem gerar e também no fortalecimento do sistema imunológico geral do corpo.

Cálcio e magnésio são cruciais para otimizar a contração muscular, facilitando o movimento, e também acelerando os processos de recuperação após os exercícios de maior intensidade realizados na academia.

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O Ferro previne a sensação de fadiga que pode surgir em dietas restritivas, garantindo a boa oxigenação dos tecidos musculares. Zinco e selênio atuam na regulação hormonal e no metabolismo energético geral do organismo.

Por fim, o Complexo B é essencial por sua atuação direta no metabolismo de proteínas, que são as construtoras do músculo, e também no aproveitamento da energia dos alimentos ingeridos diariamente.

Treino: A ordem para manter o músculo

O personal trainer João Pedro Bastos afirma categoricamente que os exercícios de força são o mandamento para quem quer emagrecer preservando a massa magra. Eles fornecem o estímulo que o corpo necessita para reter esse tecido valioso.

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“É a musculação que sinaliza ao corpo: ‘mantenha massa magra’. O treino de força eleva o gasto energético pós-sessão, sustenta o metabolismo de repouso e melhora a sensibilidade à insulina, três alavancas que afinam a gordura sem corroer o músculo”, garante o profissional ao explicar o mecanismo.

Para João Pedro, se o indivíduo estiver em déficit calórico e negligenciar o treino de força, a perda muscular se torna uma consequência quase certa e rápida. O treino resistido impede essa perda estrutural do corpo.

O exercício aeróbico tem seu papel, mas como um complemento tático e não como substituto da musculação. Ele serve para aumentar o gasto calórico total, acelerando a queima da gordura corporal acumulada no organismo.

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A combinação disciplinada de dieta correta com treinos focados em força e o uso estratégico de aeróbicos pode gerar resultados visíveis em um período de 8 a 12 semanas, segundo a nutricionista Sabrina Theil. A jornada exige consistência diária e acompanhamento especializado.

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