O custo da cesta básica de alimentos em Florianópolis teve redução de -1,46%, deixando o preço médio em R$ 811,07. Mesmo assim, a capital catarinense continua entre os preços mais altos e tem o terceiro maior custo entre as capitais do país. A informação é da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada nesta quarta-feira (8) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Continua depois da publicidade

Assim como a capital catarinense, outras 21 cidades brasileiras também tiveram redução no custo da cesta de alimentos, segundo o levantamento.

Em Florianópolis, 11 dos 13 itens avaliados tiveram redução. O destaque foi a batata, com redução de -11,62%.

São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 842,26), seguida por Porto Alegre (R$ 811,44), Florianópolis (R$ 811,07) e Rio de Janeiro (R$ 799,22).

Veja outros produtos que tiveram queda nos preços na Capital

Já no acumulado do ano, entre dezembro de 2024 e setembro de 2025, nove produtos registraram redução em Florianópolis: feijão preto (-38,42%), batata (32,56%), arroz agulhinha (-28,95%), açúcar refinado (-9,72%), farinha de trigo (-5,01%), óleo de soja (-4,47%), manteiga (-3,20%), banana (-2,39%) e carne bovina de primeira (-1,53%).

Continua depois da publicidade

No recorte referente aos últimos 12 meses, oito produtos apresentaram queda na capital catarinense: batata (-52,57%), feijão preto (-36,59%), arroz agulhinha (-31,60%), banana (-10,79%), açúcar refinado (-8,75%), farinha de trigo (-7,45%), manteiga (-3,22%) e leite integral (-0,18%).

Maiores quedas e menores valores

Em âmbito nacional, as reduções mais expressivas em setembro ocorreram em Fortaleza (-6,31%), Palmas (-5,91%), Rio Branco (-3,16%), São Luís (-3,15%) e Teresina (-2,63%).

Os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 552,65), Maceió (R$ 593,17), Salvador (R$ 601,74), Natal (R$ 610,27) e João Pessoa (R$ 610,93). O maior custo ficou em São Paulo (R$ 842,26).

— A redução do custo da cesta básica em boa parte das capitais é sinal de que as políticas do Governo do Brasil de abastecimento e apoio à produção de alimentos estão funcionando. A Conab e o Dieese trabalham para garantir transparência nos preços e contribuir com ações que assegurem comida de qualidade e a preços justos na mesa das famílias brasileiras — afirma o presidente da Conab, Edegar Pretto.

Continua depois da publicidade

Ex-vilão da cesta teve queda em 26 capitais

O tomate, normalmente vilão dos preços da cesta básica, teve queda em 26 capitais entre agosto e setembro, com variações de -47,61% em Palmas a -3,32% em Campo Grande. O aumento da oferta, resultado da colheita da safra nacional, ajudou a reduzir os valores no varejo. Apenas Macapá registrou alta (4,41%).

O arroz agulhinha ficou mais barato em 25 das 27 cidades, com destaque para Natal (-6,45%), Brasília (-5,33%) e João Pessoa (-5,05%). Mesmo com as exportações aquecidas, o recorde de produção da safra 2024/25 manteve o excedente interno elevado, o que reduziu as cotações. A única alta ocorreu em Vitória (1,29%), e o preço se manteve estável em Palmas.

O preço do açúcar caiu em 22 capitais, com variações de -17,01% em Belém a -0,26% em São Luís. O aumento da produção nas usinas paulistas e a previsão de maior oferta na Ásia provocaram queda nos preços externos e, consequentemente, no mercado interno. Apenas em Goiânia (0,51%) e João Pessoa (0,49%) o preço médio subiu.

O café em pó caiu em 14 capitais. As maiores reduções ocorreram no Rio de Janeiro (-2,92%) e em Natal (-2,48%). Apesar da valorização internacional do grão, os preços elevados nos supermercados inibiram a demanda, reduzindo as cotações médias. As maiores altas foram em São Luís (5,10%) e em Campo Grande (4,32%).

Continua depois da publicidade

No caso da batata, coletadas nas cidades do Centro-Sul, em dez capitais o produto ficou mais barato, com reduções do valor médio entre -21,06% em Brasília e -3,54% em Porto Alegre. A queda se deve à maior oferta, com o avanço da colheita da safra de inverno. Só Belo Horizonte apresentou elevação (3,07%).

Já na carne bovina de primeira, as quedas mais acentuadas ocorreram em Macapá (-2,41%), Natal (-1,13%) e São Luís (-1,03%). A estiagem limitou a oferta, enquanto a baixa demanda impediu altas mais generalizadas. O produto subiu em 16 capitais e caiu em 11. A maior alta foi registrada em Vitória (4,57%).

Maioria das cidades teve queda nos preços

O estudo trouxe ainda o recorte entre julho e setembro de 2025, que indicou queda no preço dos alimentos em 25 das 27 cidades em que é feito o levantamento no período. A capital que apresentou maior queda foi Fortaleza, com -8,96%, com a cesta passando de R$ 738,09 em julho para R$ 677,42 em setembro, R$ 60,67 a menos. São Luís/MA (-6,51%), Recife/PE (-6,41%) e João Pessoa/PB (-6,07%) aparecem na sequência. Nos últimos três meses analisados, as duas únicas capitais que apresentaram alta foram Macapá/AP (+0,94%) e Campo Grande (+0,63%).

A coleta de preços de alimentos básicos foi ampliada de 17 para 27 capitais brasileiras em 2025, resultado da parceria entre a Conab e o Dieese. Os primeiros resultados com todas as capitais começaram a ser divulgados em agosto de 2025, com base nos dados de julho.

Continua depois da publicidade

*Sob supervisão de Giovanna Pacheco

Leia também

Mais de 9 mil famílias de SC devem devolver R$ 26 milhões do Auxílio Emergencial

Quando devem voltar obras em duplicação de lote de acesso a porto e praias em SC

Grupo de SC à beira dos 100 anos pediu falência antes de encerrar atividades: “Impossível continuar”