O novo presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Arthur Badin, defendeu, em seu discurso de posse, a aprovação do projeto de lei que reestrutura o sistema brasileiro de defesa da concorrência, tornando obrigatória a análise prévia, pelo Cade, de fusões e aquisições empresariais e aumentando a estrutura do conselho como a única alternativa para que o sistema continue evoluindo.
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Badin mencionou em seu discurso todas as ações administrativas tomadas nos últimos quatro anos que, no seu entender, contribuíram para reduzir o tempo de análise das operações dentro do sistema.
– Tenho orgulho de ter participado indiretamente desse trabalho – declarou.
Segundo o presidente, as falhas que ainda existem – como a reduzida estrutura de técnicos no Cade e nas secretarias que auxiliam os conselheiros – podem levar a “um colapso” do sistema.
– O Brasil pode avançar ainda muito mais. E, para isso, falta cumprir a reestruturação do sistema – afirmou.
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O projeto de lei que cria o novo Cade está tramitando na Câmara desde 2005. Badin afirmou que haverá empenho do governo e de deputados para que a proposta seja votada ainda este ano.
No final do discurso, depois de citar muitos dados técnicos, Badin agradeceu, emocionado, o apoio de pessoas da família que estavam presentes à solenidade, as quais – deu a entender – o ajudaram a atravessar o período em que a indicação de seu nome enfrentava resistências no Senado.
Com lágrimas nos olhos e a voz embargada, Badin evitou citar diretamente a demora na aprovação de seu nome.
– Os meus familiares foram muito importantes nesses momentos tão difíceis por que tenho passado – afirmou. E concluiu:
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– Agora, é hora de arregaçar as mangas.
