A rinite é uma alergia comum e que gera incômodo em muita gente. Para se ter uma ideia, segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), cerca de 30% da população brasileira sofre desse problema, do qual no momento só é possível aliviar e mitigar, e não curar definitivamente. Além disso, aponta que esse quadro é mais comum a partir dos 2 anos de idade.
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Esses casos despertam tanta curiosidade que têm sido alvos de estudos por décadas. Sendo que só agora estamos começando a cogitar quais são as células do nosso organismo que tem conexão com a reação alérgica. Será que agora estamos caminhando para a extinção da rinite? Veja o que os estudos publicados e trazidos pelo site Live Science indicam.
O que é Rinite?
De acordo com o Ministério da Saúde, a rinite é um quadro que ocorre quando o corpo reage exageradamente a um elemento, em contato principalmente com o nariz, e que considera estranho. De certo modo, isso é comum pois o nariz serve como uma espécie de filtro que evita a entrada de certas partículas em nosso sistema respiratório.
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Em geral, essa doença inflama as mucosas, que é o revestimento do nariz e causa sintomas já conhecidos. Dentre eles estão: espirro, coriza, coceira e dificuldade de sentir cheiros. Ainda não se sabe a causa ao certo, mas o provável é que envolva fatores hereditários e genéticos.
Descoberta sobre a Rinite
Desde sempre, a rinite alérgica, e outras alergias também, despertaram muita curiosidade dos cientistas. Isto, pois, nunca se descobriu fator principal que faz algumas pessoas serem acometidas por esses quadros enquanto outras não. Anteriormente, estudos ligavam o quadro às células de curta duração em nosso corpo. Porém, isso levantava o questinamento: como as alergias poderiam durar a vida inteira?
É justamente isso que duas pesquisas publicadas no periódico Science Translational Medicine tentaram desvendar, ao analisar tanto crianças quanto adultos com rinite. Sendo que a grande descoberta foi a presença de uma célula imune que antes não parecia interligada com as alergias.
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De cara, a chamada Imunoglobulina G parecia não estar ligada com a rinite, mas esses estudos citados demonstraram que um subconjunto dessas células formam a Imunoglobina E. Isso acontece quando em contato com um alergênicos como pólen ou amendoim, por exemplo.
Em resumo, esse tipo de célula é produzida como uma linha de defesa do Sistema Imunológico. Anteriormente, acreditava-se que células de vida curta eram quem produziu esse tipo de Imunoglobina, mas as células de memória, que produzem reações alérgicas também podem ser capazes de produzir a Imonoglobina E, algo que explicaria as reações de quem ter rinite.
Como isso pode mudar o futuro de quem tem rinite?
Ainda existe um longo caminho a trilhar e não estamos nem perto da cura ou da “extinção” da rinite, mas ao que parece, essa pode dar um caminho inicial para a solução. Segundo o professor Joshua Koenig, em resposta para a Live Science, as células B criam diretamente anticorpos IgE, o que nos torna alérgicos.
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Entretanto, a grande questão é que o número de pessoas testadas não foi tão alto e ainda não se sabe os efeitos da imunoterapia com células do tipo B. Portanto, são necessários mais estudos para confirmar essa correlação.