A elevação do nível dos oceanos, uma das consequências mais graves das mudanças climáticas, ameaça apagar do mapa um pequeno paraíso no meio do Pacífico. Tuvalu, um arquipélago de cerca de 11 mil habitantes, é o país que corre o maior risco de desaparecer completamente até 2050.

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Cercado por águas cristalinas e praias de areia branca, o ponto mais alto de Tuvalu está a apenas cinco metros acima do nível do mar. Esse cenário torna a nação extremamente vulnerável à elevação dos mares, aos ciclones cada vez mais intensos e à salinização do solo.

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Por que Tuvalu vai desaparecer?

Cientistas alertam que Tuvalu será a primeira nação do mundo a ser completamente submersa pelo oceano devido às mudanças climáticas. Além da elevação do nível do mar, que engolirá seu território, o país já enfrenta inundações constantes, que podem ultrapassar 100 dias por ano nas próximas décadas. Esses eventos destroem plantações, contaminam reservas de água doce e tornam o ambiente cada vez mais hostil para a vida humana.

O governo de Tuvalu tem clamado por ajuda há anos. Em 2009, na COP15, o país fez um apelo global para que nações desenvolvidas reduzissem as emissões de gases de efeito estufa. Na COP26, em 2021, um discurso impactante do ministro das Relações Exteriores foi gravado com ele em pé dentro do mar, ilustrando a gravidade da situação.

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Quando Tuvalu pode desaparecer?

A previsão mais alarmante aponta que o país poderá ser completamente submerso até 2050. Enquanto isso, o aumento da frequência e da intensidade dos desastres naturais ameaça a qualidade de vida dos habitantes. As projeções indicam que, sem ações globais significativas, o desaparecimento de Tuvalu será uma tragédia anunciada e um marco devastador na crise climática.

O que Tuvalu está fazendo para preservar sua população e memórias?

Diante do inevitável, o governo de Tuvalu está implementando uma solução inovadora e histórica: a digitalização completa do país. Por meio do projeto chamado Primeira Nação Digital, o país está criando uma réplica virtual de suas ilhas, incluindo paisagens, heranças culturais e memórias de seus habitantes.

Esse processo envolve a preservação digital de tradições, histórias familiares, artefatos culturais e até mesmo os cenários naturais que compõem o território. Mais do que apenas guardar lembranças, o objetivo é assegurar que a identidade tuvaluana sobreviva, mesmo que as ilhas não resistam ao avanço do oceano.

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Além disso, Tuvalu já garantiu um acordo com a Austrália para receber seus refugiados climáticos, uma medida prática para assegurar a sobrevivência física de sua população.

Um apelo global

Embora Tuvalu esteja liderando um esforço criativo para salvar sua identidade, o país ainda insiste que a solução definitiva está nas mãos do mundo. O governo continua apelando para que grandes nações reduzam suas emissões de carbono e adotem políticas concretas de mitigação climática.

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