O sistema glinfático, responsável por eliminar resíduos do cérebro, é mais ativo durante o sono e desempenha papel fundamental na remoção de toxinas, incluindo aquelas ligadas à demência.
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Um estudo publicado na revista Alzheimer’s & Dementia: The Journal of the Alzheimer’s Association mostrou que pessoas com o sistema glinfático comprometido apresentam maior risco de desenvolver demência.
Segundo os autores, melhorar a função glinfática, portanto, pode se tornar uma ferramenta importante para reduzir esse risco.
Como o estudo foi feito
Os pesquisadores usaram algoritmos de computador, criados por Yutong Chen, da Universidade de Cambridge, para analisar imagens do sistema glinfático a partir de múltiplas ressonâncias magnéticas.
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O estudo analisou exames de cerca de 45 mil adultos e identificou três biomarcadores – sinais que indicam risco ou presença de doença. Esses sinais ajudaram a prever quem poderia desenvolver demência nos anos seguintes.
Durante cerca de cinco anos de acompanhamento, foram registrados 133 casos de demência, confirmando a relação entre alterações no sistema glinfático e o risco da doença.
A importância do sistema glinfático saudável
Os pesquisadores também notaram que fatores de risco para o coração, como pressão alta, diabetes, tabagismo e alcoolismo, podem prejudicar o sistema glinfático e aumentar o risco de demência.
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Além disso, a atividade glinfática aumenta significativamente durante o sono e remove substâncias potencialmente tóxicas, como o beta-amiloide, que está ligado à doença de Alzheimer.
Por isso, manter uma boa saúde cardiovascular e um sono de qualidade é essencial para reduzir o risco desse tipo de doença.
Recomendações de especialistas
Para cuidar do coração, é importante praticar exercícios regularmente, manter uma alimentação equilibrada e controlar a pressão e a glicose. Além disso, é essencial evitar álcool e tabaco.
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Já para melhorar o sono, recomenda-se manter horários regulares, criar um ambiente tranquilo para dormir e reservar momentos de relaxamento antes de se deitar.
Seguindo essas práticas, você estará protegendo não apenas a saúde do corpo e o bem-estar geral, mas também o bom funcionamento do cérebro.
Por Vitoria Estrela
