O sucesso da série “Tremembé”, recém-lançada pelo Prime Video, ultrapassou as telas do streaming e aterrissou nos tribunais. Enquanto o público maratona os episódios que recriam crimes notórios, uma das protagonistas da vida real decidiu contra-atacar.

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Sandra Regina Ruiz Gomes, a Sandrão, entrou com uma ação judicial contra a Amazon pedindo uma indenização de R$ 3 milhões. Segundo informações da coluna Outro Canal, da Folha de S.Paulo, a ex-detenta alega danos morais e excessos na liberdade de expressão, acusando a produção de mentir sobre seu papel no crime que a condenou.

Ficção x realidade: o ponto da discórdia

A divergência central que motivou o processo está na hierarquia do crime cometido em 2003: o sequestro e morte do adolescente Talisson Vinicius da Silva Castro, de 14 anos.

Na versão dramatizada pela Amazon, Sandrão é retratada como a mentora intelectual do sequestro e participante direta na execução do menino. No entanto, a defesa de Sandra sempre sustentou, e ela reafirma agora no processo, que sua participação se limitou às negociações telefônicas, sem envolvimento direto na morte da vítima.

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O processo, que corre na 1ª Vara Cível de Mogi das Cruzes, argumenta que essa “distorção narrativa” prejudica sua ressocialização e fere sua imagem. Sandra cumpre pena no regime semiaberto desde 2015. Até o fechamento desta matéria, a Amazon não havia se pronunciado sobre o caso.

Do tribunal para a TV: o romance com Suzane

Em meio à batalha judicial para “limpar sua imagem” quanto ao crime, Sandrão reapareceu em rede nacional no dia 16 de novembro, em entrevista a Roberto Cabrini, da Record. Desta vez, o foco foi outro capítulo polêmico de sua vida em Tremembé: o namoro com Suzane von Richthofen.

Contrapondo a frieza mostrada na ficção, Sandrão descreveu uma relação que começou de forma singela, entre partidas de xadrez e trocas de músicas. “Foi intenso e verdadeiro”, afirmou Sandra sobre o relacionamento.

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Ela detalhou a Cabrini que o primeiro beijo aconteceu em um momento furtivo durante o trabalho dentro do presídio, sob o medo constante de serem descobertas. Ao ser questionada sobre uma possível manipulação por parte de Suzane, tese comum entre especialistas criminais, Sandrão foi enfática: para ela, o sentimento foi real.

“Se houve manipulação, eu não percebi e não me importo. O que vivemos foi real para mim”, finalizou, reforçando a complexidade de sua história, que agora ela tenta defender tanto na mídia quanto nos tribunais.

Compare os atores de Tremembé com os criminosos da vida real

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