A saída de Danielle Marsh do NewJeans pegou os fãs de K-pop de surpresa nesta segunda-feira (29) e marca mais um capítulo de uma longa crise envolvendo o grupo, a agência ADOR e o conglomerado HYBE. Em comunicado oficial, a empresa anunciou o encerramento do contrato de exclusividade com a cantora, após meses de disputas judiciais e tentativas frustradas de conciliação.

Continua depois da publicidade

Segundo a ADOR, a decisão foi tomada por considerar “difícil continuar juntos” no caso específico de Danielle. A agência afirma que houve reuniões com a artista e seus familiares, mas que não ocorreram mudanças em condutas consideradas incompatíveis com os termos contratuais. Danielle já foi formalmente notificada da rescisão.

Formado em 2022 por Minji, Danielle, Haerin, Hyein e Hanni, o NewJeans soma mais de 14 milhões de ouvintes mensais no Spotify e se consolidou como um dos maiores fenômas recentes do K-pop, com hits como Hype Boy, OMG e Super Shy.

No entanto, os hits musicais não protegeram as artistas de entrarem em conflitos judiciais. Tudo teve início ainda em 2024, quando Min Hee-jin deixou o cargo de CEO da ADOR.

Continua depois da publicidade

A executiva era vista pelas integrantes como peça-chave na identidade artística do NewJeans, e sua substituição por Kim Joo-young, especialista em recursos humanos, gerou forte insatisfação no grupo. O vínculo emocional ficou evidente em julho, quando Danielle divulgou uma carta pública chamando Min Hee-jin de “mãe” e “guerreira”.

Entenda o caso e veja as possibilidades do fim do NewJeans

A crise se agravou em setembro, após uma live surpresa no YouTube em que as integrantes exigiram a reintegração de Min Hee-jin até o dia 25 daquele mês. Elas também relataram assédio no ambiente de trabalho e vazamento de informações pessoais. O pedido foi rejeitado pelo conselho da ADOR, intensificando o embate.

Em novembro, a disputa entrou definitivamente no campo judicial. As integrantes enviaram uma Certificação de Conteúdo exigindo ajustes contratuais, enquanto uma decisão do governo sul-coreano concluiu que idols não são considerados empregados formais, ficando fora da proteção da legislação trabalhista.

Continua depois da publicidade

Já em 2025, o grupo tentou registrar a marca NJZ para atuar de forma independente, mas a Justiça concedeu liminar favorável à ADOR. Em outubro, a decisão final confirmou a validade dos contratos até 2029 e autorizou multa de 1 bilhão de wons por infrações.

Diante desse cenário, a ADOR optou por encerrar o vínculo com Danielle e anunciou que pretende processar um familiar da artista e a ex-CEO Min Hee-jin. Enquanto isso, Hanni, decidiu permanecer na empresa, Minji segue em negociações, e Haerin e Hyein já tiveram suas permanências confirmadas.

Você vai querer ler sobre: O que muda no valor do aluguel com a queda no IGP-M

*Sob supervisão de Pablo Brito