A água é um dos recursos naturais mais importantes para os seres humanos, de modo que usamos para diversas atividades. Desde tomar banho até cozinhar e o simples ato de consumir envolvem água diretamente. Mas para além da água doce, a água dos oceanos, que é salgada e não pode ser usada para isso, tem efeitos positivos no corpo. Isso acontece de várias formas diferentes e foi alvo de muitos estudos.
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Assim, a Dra. Easkey Britton, do site The Conversation, fez um artigo relembrando o trabalho do biólogo Wallace J. Nichols, um dos grandes estudiosos sobre a relação entre o humano e o mar, que cunhou o termo “mente azul”.
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O estado de “mente azul” e os benefícios para o ser humano
Diversos estudos demonstram os benefícios da água do mar para nós. Tanto que alguns artigos do próprio The Conversation apontam várias formas pelas quais o ecossistema marinho pode nos impactar. Desde a presença de elementos químicos e peixes usados na Ciência e na Medicina, passando pela retenção de poluentes e também por ser uma vasta fonte de alimento através dos frutos do mar.
Entretanto, Wallace J. Nichols traz uma visão muito mais psicológica e social dos efeitos do oceano em nós. De acordo com ele, a água salgada ajuda nossa mente a entrar em um estado de “mente azul”, que inclusive é o nome do livro, em tradução livre para o português. Em geral, o contato com o mar ajuda a treinar a mente a entrar em um estado de mais calma e clareza.
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A ideia é que ter contato com a água do mar traz de certo modo um contraponto se compararmos com o que o autor chama de “mente vermelha” que é a mente cheia de estresse causado pelas tarefas e obrigações do cotidiano. Assim, o cérebro começa a se acostumar e a ser treinado para lidar com a ansiedade e ter reações mais tranquilas em situações de crise ou de pressão.
A importância de Wallace J. Nichols
O cientista Wallace J. Nichols nasceu em Nova Iorque no ano de 1967 e foi apaixonado pelo mar desde a infância. Posteriormente, estudou Biologia Marinha na Universidade do Arizona na década de 1990, onde começou um estudo sobre a conexão entre o ser humano e o mar, o que resultou em um livro chamado Blue Mind. Ele morreu em 10 de junho de 2024, aos 57 anos.
*Texto adaptado de artigo publicado no The Conversation, sob a licença de creative commons.
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