A obra de reurbanização da Praia Central de Balneário Camboriú está chamando. O motivo? A construção de uma muralha de concreto com dois metros de profundidade em plena faixa de areia. O nome técnico, na verdade, é muro de proteção costeira e, apesar de parecer uma novidade, é um velho conhecido na orla da cidade. Serve, na prática, como uma barreira contra a erosão.
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A primeira muralha de concreto na praia mais badalada de Balneário Camboriú foi feita entre as décadas de 60 e 70 (veja fotos abaixo). Hoje, com as obras de escavação no local, é possível enxergá-la rente ao calçadão. Mas por que fazer outra agora? Para proteger a reurbanização da orla, que vai ocupar mais espaço na faixa de areia, alargada em 2021.
Diferente da primeira versão, que era toda reta, agora o muro é curvilíneo, para seguir o projeto do novo calçadão. Atualmente, a muralha de concreto está sendo feita no trecho entre as ruas 3950 e 4100, mas, segundo o contrato, deve se estender da rua 3920 até o Molhe da Barra Sul. É cerca de 1,5 quilômetro nesta etapa, mas a ideia é avançar pelos sete quilômetros de extensão da Praia Central.
O novo muro fica cerca de 10 metros mais para frente do que o antigo (veja fotos abaixo) e tem 40 centímetros de espessura, todo feito em concreto armado. Quando a obra acabar, a areia cobre a estrutura e ela passa a ser imperceptível, como a anterior. Já foi assim no trecho-piloto de urbanização da praia, que compreendeu cerca de 200 metros de extensão da orla.
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Trecho Barra Sul
A reurbanização do trecho da Barra Sul foi licitada pela prefeitura por R$ 31 milhões e inclui, além da muralha de concreto, o novo calçadão, com pista de corrida, via para micromobilidade, ciclofaixa, paraciclos, dog parks, academias ao ar livre, quiosques, canchas de bocha, paisagismo e ampliação da área verde. Outros R$ 3,7 milhões serão para iluminação.
As empresas responsáveis pelos trabalhos foram licitadas pela prefeitura e têm até março de 2027 para concluir os trabalhos. O dinheiro para as obras vem das outorgas onerosas.
Em 2023, chegou a ser anunciado que cada trecho ficaria sob a responsabilidade de uma empresa via outorgas onerosas. Essas outorgas são compensações que as empresas precisam fazer para ter autorização da prefeitura e construir acima dos padrões estabelecidos no Plano Diretor. Entretanto, a atual gestão decidiu fazer a contratação por licitação direta com o município.
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Imagens do projeto dão uma dimensão de como ficará o calçadão (veja fotos abaixo).
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