No final do mês de julho a influencer Juliana Perdomo, do Distrito Federal, foi internada após sofrer uma embolia pulmonar amniótica enquanto estava em trabalho de parto. Segundo o Ministério da Saúde, o quadro “é uma complicação obstétrica rara com mortalidade materna altíssima”. Continue a leitura para entender a condição e como previnir o quadro.
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O que é embolia amniótica
Segundo o Ministério da Saúde, a embolia amniótica ocorre quando o líquido amniótico, que nutre o bebê no interior da placenta, entra na corrente sanguínea da mãe.
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Taxa de mortalidade
Ainda segundo o Ministério da Saúde, a embolia amniótica tem taxa de mortalidade é de aproximadamente 80%. Além disso, metade dos pacientes que sofrem com a complicação morrem dentro de uma hora após o início dos sintomas. Para aquelas que sobrevivem, é comum ocorrerem danos neurológicos devido à hipóxia (falta de oxigênio no cérebro).
Sintomas de embolia amniótica
O “Guia para diagnóstico e conduta em situações de risco de morte materna”, do Ministério da Saúde, explica que os sintomas geralmente começam com falta de ar súbita, hipotensão (baixa pressão arterial), parada cardiorrespiratória e em 50% dos casos, os pacientes apresentam convulsões.
A presença do líquido amniótico no sangue pode afetar o coração e os pulmões, além de causar sangramentos excessivos. O guia também descreve que em pelo menos metade dos casos, há um descolamento prematuro da placenta, que é quando a placenta se separa do útero antes do tempo, causando sofrimento ou morte do bebê. Esses eventos podem acontecer antes mesmo dos sintomas mais graves aparecerem.
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Tratamento para embolia amniótica
Segundo o guia do Ministério da Saúde, o tratamento em casos de embolia amniótica envolve:
- Manter a respiração: Garantir que a pessoa esteja recebendo oxigênio suficiente;
- Manter o coração funcionando bem: Assegurar que o coração esteja bombeando sangue adequadamente;
- Corrigir problemas de coagulação: Tratar qualquer problema que impeça o sangue de coagular corretamente.
Para isso, é importante, em termos gerais, controlar a pressão arterial, a quantidade de urina do paciente e os níveis de oxigênio no sangue. O documento ainda sugere que em casos da mãe sofrer uma parada cardiorrespiratória, o bebê sempre estará em sofrimento. Então o médico precisa decidir se deve fazer uma cirurgia em uma pessoa com essa condição, considerando a saúde da mãe e a viabilidade do bebê.
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O guia ainda complementa: “A decisão sobre uma intervenção operatória em uma mulher com tal instabilidade hemodinâmica, é extremamente difícil e deve ser individualizada, baseada nas condições maternas e na viabilidade fetal”.
Não é possível prever quando a embolia amniótica pode acontecer, mas em geral os pacientes que sobreviveram à embolia amniótica não registraram recorrências da complicação em outras gestações.
*Sob supervisão de Aline Ramalho
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