A Elevação do Rio Grande, uma ilha submersa do tamanho da Espanha, pode transformar o Brasil em uma potência mundial de minerais estratégicos. O país já reivindica a área na Organização das Nações Unidas (ONU) desde 2018, porém, os Estados Unidos já demonstraram interesse no local.
Continua depois da publicidade
O que é essa “ilha submersa” e por que estão chamando assim?
A Elevação do Rio Grande é uma formação geológica com cerca de 500 mil km², do tamanho da Espanha e maior que a Islândia. Ela está localizada a 1200 km da costa do Rio Grande do Sul, no fundo do mar, entre 700 e 5 mil metros de profundidade.
A Elevação do Rio Grande agora está embaixo da água, mas os estudos mostram que ela já foi uma ilha tropical, há pelo menos 40 milhões de anos, por isso o nome de “ilha submersa”. A argila vermelha e as rochas antigas do local são evidências que ela já fez parte do continente brasileiro.
Por que a Elevação do Rio Grande é tão importante para o Brasil e desperta interesse dos EUA?
A área é rica em terras raras e minerais como cobalto, níquel, platina, selênio e ferro-manganês. Esses materiais são usados na fabricação de carros elétricos, turbinas eólicas, ímãs potentes e vários outros eletrônicos da atualidade.
Continua depois da publicidade
Além disso, não são fáceis de minerar, o que torna a Elevação do Rio Grande mais valiosa ainda. A China é quem domina a maior parte das terras raras do planeta atualmente e os Estados Unidos estão em busca de mais fontes seguras desses componentes para não ficarem tão dependentes da China.
Em julho de 2025, o encarregado de negócios da embaixada americana no Grasil, Gabriel Escobar, disse que os minerais da Elevação do Rio Grande são de interesse para os Estados Unidos.
O problema maior é que os Estados Unidos não são signatários da Convenção do Direito do Mar, que regula esse tipo de situação. Assim, eles poderiam explorar a área mesmo sem consenso da ONU, o que aumentaria a tensão diplomática entre o Brasil e os EUA.
Continua depois da publicidade
*Com informações do g1.
Estudo aponta que mundo tem só 3 anos para evitar os piores efeitos da crise climática








