A reta final para o Enem e os principais vestibulares do país exige mais do que apenas estudar o conteúdo. Na verdade, o diferencial dos candidatos de alto desempenho está na estratégia adotada na hora de fazer a prova, a gestão do tempo e o controle emocional, de acordo com o diretor de Ensino e Inovações da plataforma de educação COC, Renato Júdice.

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Na hora de revisar os conteúdos, por exemplo, é necessário ter atenção para os temas atuais, como inteligência artificial, mudanças climáticas e saúde mental, que aparecem com frequência nas questões e na redação.

— Percebemos no terceirão que o estudante pode dominar o conteúdo, mas muitas vezes não percebe que o enunciado exige identificar exceções, funções ou relações entre conceitos. Por isso, é essencial ter leitura ativa, controle emocional e atenção durante toda a prova — explica Renato Júdice, diretor de Ensino e Inovações do COC.

Confira as dicas do que fazer e o que não fazer na reta final do Enem

  • Atenção aos principais vilões da prova: a leitura seletiva, que leva à interpretação incorreta do enunciado; as pegadinhas de resposta, com alternativas incorretas, mas muito bem formuladas; e o cansaço cognitivo, que compromete concentração e raciocínio.
  • Conteúdo:
  • As questões de Linguagens e Ciências Humanas devem refletir temas atuais, como o impacto da inteligência artificial na comunicação e na arte, a cultura dos memes e a polarização nas redes; enquanto em Humanas, questões sobre crises de refugiados, mudanças climáticas, Amazônia, transição energética e democracia digital devem se destacar.
  • Em Ciências da Natureza, a recomendação é priorizar os estudos nos temas Ecologia, Eletrodinâmica e Estequiometria, assuntos de alta incidência que exigem raciocínio estruturado, e em Matemática, a dica é garantir 100% de acerto nas questões mais fáceis que são as de Interpretação de Gráficos e Tabelas, Regra de Três, Proporção e Porcentagem.
  • Para a redação, o COC aponta temas com relevância social e possibilidade de proposição de soluções, como saúde mental na era digital, acessibilidade urbana e o papel da tecnologia na educação e qualificação profissional, incluindo a Inteligência Artificial.
  • Rotina intensiva: manhã para revisão ativa das aulas e temas recorrentes; tarde para simulados ou redações cronometradas; fim de tarde para revisão de pontos fracos, exercícios pesados e mapas mentais usando ciclos de Pomodoro; noite para revisão leve, consolidação da memória.
  • Simule o dia da prova: resolva blocos de 45 questões cronometradas, com até três minutos por questão, e faça a transposição do gabarito por blocos de 10 a 15 questões para reduzir erros e manter o foco.
  • Redação semanal: priorize coerência, coesão e proposta de intervenção, trabalhando temas que podem aparecer na prova.
  • Revisão inteligente: utilize mapas mentais, fichamentos e resumos visuais para reforçar a memorização ativa e a conexão entre conceitos.
  • Treino TRI (Fácil, Médio, Difícil): garanta 100% de acertos nas questões fáceis e médias, e aprenda a identificar e deixar temporariamente as difíceis para otimizar a pontuação.
  • Cuide do corpo e da mente: sono de qualidade, alimentação adequada e atenção a sinais de estresse, como insônia, exaustão ou crises de choro. Converse com pais, professores ou especialistas se necessário para manter o equilíbrio emocional.

*Sob supervisão de Giovanna Pacheco

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