Começa nesta quarta-feira (7), o conclave que vai eleger o novo papa e sucessor de Francisco. Com todos os olhos voltados para o Vaticano e para a Capela Sistina, chama atenção cada detalhe do que acontece na eleição mais secreta do mundo.

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Uma dessas curiosidades é o rito de votação. Cada cardeal recebe uma cédula para escrever o nome de quem quer que seja o novo papa.

Ao votar no conclave, cada cardeal escreve à mão o nome do seu escolhido em uma cédula que traz na parte superior a frase em latim: “Eligo in Summum Pontificem” (“Elejo como Sumo Pontífice”).

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É indicado que os cardeais escrevam com uma caligrafia que não permita identificar em quem eles estão votando. Antes de depositar o voto na urna, o cardeal pronuncia em voz alta o seguinte juramento em latim:

“Ponho por testemunha a Cristo Senhor, que me julgará, de que dou meu voto a quem, na presença de Deus, acredito que deve ser eleito.”

Esse rito reforça o compromisso de votar com consciência e honestidade diante de Deus.

Como ocorre a votação no conclave

A votação acontece da seguinte maneira:

  • Os 133 cardeais votantes se reúnem na Capela Sistina, onde fazem juramento de sigilo e compromisso com o processo.
  • Cada cardeal escreve o nome do candidato escolhido em uma cédula com a frase em latim “Eligo in Summum Pontificem” (“Eu elejo como pontífice supremo”).
  • Os votos são anônimos e os cardeais não podem votar em si mesmos.
  • As cédulas são dobradas e depositadas em uma urna, depois contadas por cardeais designados para isso.
  • Para ser eleito, o candidato precisa receber pelo menos dois terços dos votos (89 dos 133).
  • Após a contagem, as cédulas são queimadas com tinta especial que produz fumaça preta (indefinição) ou branca (eleição confirmada) que sai pela chaminé da Capela Sistina, sinalizando o resultado ao mundo.
  • As votações ocorrem em sessões, geralmente duas pela manhã e duas à tarde, até que haja um eleito.
  • Se após várias votações não houver consenso, o processo pode ser suspenso para orações ou, em caso extremo, os dois mais votados disputam a eleição.

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O ritual é rigoroso, sigiloso e pode durar dias, até que um novo papa seja escolhido.

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