As queimadas no Brasil em 2024, especialmente na Amazônia e no Cerrado, estão entre as piores dos últimos anos. Essas queimadas, muitas vezes associadas ao desmatamento ilegal e à expansão agropecuária, não só devastam o meio ambiente, mas também liberam uma perigosa combinação de poluentes no ar, criando uma fumaça tóxica.
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A fumaça gerada por esses incêndios florestais contém partículas finas (PM2.5), monóxido de carbono (CO), compostos orgânicos voláteis (COV) e óxidos de nitrogênio (NOx), que são tóxicas e podem causar sérios danos à saúde humana.
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Entenda o que tem na fumaça tóxica das queimadas
O que é o PM2.5?
O material particulado (PM2.5) consiste em partículas minúsculas com menos de 2,5 micrômetros de diâmetro — aproximadamente 30 vezes menores que um fio de cabelo humano. Devido ao seu tamanho, essas partículas conseguem penetrar profundamente nos pulmões, alcançando os alvéolos, onde trocas gasosas ocorrem. Uma exposição prolongada ao PM2.5 está associada a doenças respiratórias, como asma e bronquite, além de problemas cardiovasculares, como infarto e derrame.
Monóxido de carbono: o “veneno invisível”
O monóxido de carbono (CO) é outro elemento presente na fumaça. Esse gás é perigoso porque se liga à hemoglobina do sangue, interferindo no transporte de oxigênio para os tecidos do corpo. Mesmo em concentrações baixas, a exposição prolongada ao CO pode causar dores de cabeça, tontura e, em casos extremos, morte.
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Compostos orgânicos voláteis e óxidos de nitrogênio
Os compostos orgânicos voláteis (COV) são gases emitidos durante as queimadas que contribuem para irritações nas vias aéreas e podem aumentar o risco de problemas respiratórios. Já os óxidos de nitrogênio (NOx) podem agravar quadros de asma, especialmente em crianças, provocando falta de ar e chiado.
Riscos à saúde pública
A exposição à fumaça das queimadas tem efeitos imediatos e de longo prazo, afetando principalmente crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias pré-existentes. Além disso, estudos mostram que a exposição contínua a esses poluentes pode aumentar o risco de câncer, doenças crônicas e até diabetes.
Esses poluentes tornam as queimadas um problema de saúde pública que vai além do impacto ambiental, demandando ações urgentes para reduzir emissões e proteger as populações vulneráveis.
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