Santa Catarina pode ser o estado com mais pessoas vivendo em união conjugal no país — 58,3% da população, segundo o Censo 2022 —, mas há municípios que destoam dessa média. Dados divulgados na última quarta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram onde estão os maiores percentuais de pessoas que não vivem em união, ou seja, que podem ser solteiras, separadas, viúvas ou estar em relacionamentos menos sérios.
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De acordo com o IBGE, união conjugal inclui casamentos no religioso e no civil e as chamadas uniões consensuais, que podem ser registradas em cartório ou não. Conforme o instituto, os números se baseiam nas informações fornecidas pelos próprios moradores durante o Censo.
São Cristóvão do Sul tem o maior “índice de solteiros” do Estado, com 60,3% da população fora de uma união conjugal. O município na Serra catarinense ocupa a 12ª posição na lista nacional, que tem maioria de municípios no estado de São Paulo (incluindo a cidade de Balbinos, primeira no ranking).
Em seguida, no ranking de Santa Catarina, está São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis, com 53,6% dos moradores vivendo fora de união conjugal. Em seguida, aparecem cidades maiores: Balneário Camboriú (49,4%), Florianópolis (47,6%) e Lages (47,2%).
Os dados também incluem nuances sobre os diferentes tipos de situação conjugal. Em São Cristóvão do Sul, por exemplo, 33,7% das pessoas afirmaram já ter vivido algum relacionamento conjugal no passado, o que pode indicar um número maior de separações ou viuvez.
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Entre os municípios com maior proporção de pessoas que nunca viveram em união conjugal, Itaiópolis lidera com 30,4%, seguida por Monte Castelo (29,7%), Camboriú (28,5%) e Bom Jardim da Serra (28,3%). Florianópolis e São José também aparecem com 28,1%, empatadas com Lages e Porto União.
Veja os dados de SC por município
Cidades de SC com maior proporção de pessoas que não vivem em união
- São Cristóvão do Sul — 60,3%
- São Pedro de Alcântara — 53,6%
- Balneário Camboriú — 49,4%
- Florianópolis — 47,6%
- Lages — 47,2%
- São José — 46,6%
- Porto União — 45,4%
- Itaiópolis — 44,8%
- Biguaçu — 44,7%
- Monte Castelo — 44,6%
Cidades de SC com maior proporção de pessoas que não viviam, mas já viveram em união
- São Cristóvão do Sul — 33,7%
- São Pedro de Alcântara — 25,7%
- Balneário Camboriú — 21,3%
- Florianópolis — 19,5%
- Imbituba — 19,5%
- Lages — 19,1%
- Balneário Barra do Sul — 19,0%
- Laguna — 19,0%
- Balneário Arroio do Silva — 18,9%
- São José — 18,6%
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Cidades de SC com maior proporção de pessoas que nunca viveram união
- Itaiópolis — 30,4%
- Monte Castelo — 29,7%
- Camboriú — 28,5%
- Bom Jardim da Serra — 28,3%
- Florianópolis — 28,1%
- São José — 28,1%
- Lages — 28,0%
- Porto União — 28,0%
- Balneário Camboriú — 28,0%
- São Pedro de Alcântara — 27,9%
SC tem a maior taxa do país de pessoas em união conjugal
Santa Catarina tem 58,3% da população vivendo em união conjugal, de acordo com dados do Censo 2022 divulgados pelo IBGE. Este é o maior percentual entre todas as 27 unidades da federação, ficando 7,1 pontos percentuais acima da média nacional, que é de 51,3%.
No total, 1,7 milhão de pessoas (25,6%) em Santa Catarina nunca viveram em união conjugal, o segundo menor percentual do país, atrás apenas do Rio Grande do Sul (25,3%). O Estado também registra o menor percentual de pessoas que não vivem atualmente em união conjugal, mas já viveram no passado: 16,1% (1,1 milhão de pessoas).
Os dados mostram uma redução nos casamentos religiosos e aumento dos civis e das uniões consensuais. Entre 2000 e 2022, o percentual de pessoas que viviam em casamento religioso e civil recuou de 67,7% para 42,4%. Por outro lado, o percentual catarinense de pessoas casadas somente no civil saltou de 7,7% para 14%, e com união consensual, de 21,2% para 41%.
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A tendência é observada no Brasil todo, conforme o IBGE, porém Santa Catarina ainda é um dos sete estados em que a proporção de pessoas unidas por casamento civil e religioso (42,4%) supera a de unidas por união estável (41%).
— O aumento na proporção de uniões consensuais reforça as mudanças comportamentais que têm sido experimentadas na sociedade brasileira, quando as uniões no civil e religioso vêm perdendo espaço para as uniões não formalizadas. No entanto, vale ressaltar que as uniões consensuais podem ser registradas em cartório ou não — ressalta Luciene Longo, analista da pesquisa, em material do IBGE enviado à imprensa.











