Na manhã desta terça-feira (4), o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) deflagrou a operação “Argentum Occultum”, que investiga ocultação de patrimônio e lavagem de dinheiro ligados a um ex-servidor da Prefeitura de Lages, na Serra Catarinense. As investigações seguem sob sigilo e o nome do ex-servidor não foi divulgado oficialmente.
Continua depois da publicidade
O principal investigado é o ex-diretor-geral de Recursos Humanos da Prefeitura de Lages, que ocupou o cargo entre 2009 e 2010. Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), durante sua gestão ele teria alterado contracheques de servidores, causando prejuízo de cerca de R$ 380 mil aos cofres públicos.
Na ação desta manhã, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão no município de Itapema, com o objetivo de apurar crimes de lavagem e ocultação de bens, falsificação de documentos e fraude à execução de sentença.
Ex-servidor foi condenado por improbidade administrativa
O ex-servidor já foi condenado nas esferas cível e criminal por improbidade administrativa, e teve os direitos políticos suspensos, além da proibição de contratar com o poder público, pagamento de multa civil e ressarcimento ao erário. O valor da dívida, atualizado em 2025, chega a R$ 2,6 milhões.
Segundo o que divulgou o MPSC, as novas investigações apontaram que, mesmo após a condenação, o ex-diretor teria escondido bens e valores, utilizando familiares para lavar dinheiro e evitar o cumprimento da sentença.
Continua depois da publicidade
Os materiais apreendidos serão analisados pela Polícia Científica, que deve emitir laudos periciais. As informações coletadas servirão de base para o prosseguimento das diligências e a identificação de outros possíveis envolvidos.
As investigações seguem sob sigilo e novas informações serão divulgadas conforme o avanço do processo. A defesa do ex-servidor não foi localizada. Tentamos em contato com a prefeitura, mas não obtivemos retorno.