Maria Oropeza, uma das chefes regionais da campanha de oposição ao governo de Nicolás Maduro na Venezuela, teria sido presa em Caracas na noite de terça-feira (6), segundo a oposicionista María Corina Machado. As informações são do g1.

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Oropeza chefia a repartição do Comando Nacional de Campanha de María Corina no estado de Portuguesa. Em um vídeo publicado pelo partido Vente Venezuela, o prédio onde a chefe da campanha estaria é invadido à força, sem ordem judicial.

Na quinta-feira (1º), Maduro afirmou ter prendido mais de 1,2 mil pessoas após protestos que tomaram o país depois das eleições de 28 de julho. A própria María Corina teme ser alvo de prisão, já que o próprio Maduro teria dito que ela e o candidato da oposição, Edmundo González, “deveriam estar atrás das grades”.

Luis Almagro, secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), disse em uma publicação no X (antigo Twitter) que a prisão de María Oropeza “soma-se ao arquivo de denúncias de crimes contra a humanidade do regime de Maduro, com mais de 1.000 detenções em consequência de perseguição política. Esta irracionalidade repressiva deve ser interrompida agora”.

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Crise na Venezuela

Maduro foi declarado vencedor das eleições na Venezuela pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) na segunda-feira (29). O órgão é presidido por um aliado do presidente, que declarou a reeleição do presidente venezuelano com 51,95% dos votos, enquanto o opositor, Edmundo González, teria recebido 43,18%, com 96,87% das urnas apuradas.

A oposição e a população, no entanto, contestam os números, e pedem divulgação das atas eleitorais. Segundo uma contagem paralela, González teria recebido 67% dos votos, contra 30% de Maduro. Estados Unidos, Panamá, Costa Rica, Peru, Argentina e Uruguai reconheceram González como vencedor.

A OEA também não reconheceu a vitória de Maduro, e diz haver indícios de distorção dos resultados. Brasil, Colômbia e México divulgaram uma nota conjunta na quinta-feira (1º), pedindo a divulgação de atas eleitorais na Venezuela. 

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