A Polícia Civil deflagrou nesta segunda-feira (4) a Operação Hooligan, que investiga atos de violência e vandalismo de integrantes de torcidas organizadas do Avaí e do Figueirense. Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão nas sedes das duas torcidas e na casa de membros da Mancha Azul e Gaviões Alvinegros, organizadas do Avaí e Figueira, respectivamente. Um homem foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.
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Agora, os delegados Ronaldo Moretto, da Central de Investigação Leste/Sul, e André Marafiga, da Central de Investigação do Continente, irão analisar o material apreendido, que inclui aparelhos celulares e outros materiais eletrônicos, antes de concluir os inquéritos. Ao todo, mais de 20 pessoas são alvos de investigação pelos crimes como dano ao patrimônio público, vandalismo, ameaça, lesão corporal.
— A investigação nasceu de uma requisição do Ministério Público de Santa Catarina com o intuito de coibir a violência no entorno e no interior dos estádios da Capital. Nos últimos 10 anos são vários os registros de ocorrência na cidade e a operação tem esse caráter preventivo e educativo contra pessoas que fazem mau uso do espetáculo — explica o delegado Marafiga, para dizer que os torcedores investigados “não tem relação com os clubes”
Antes da deflagração da operação, a Justiça autorizou algumas medidas cautelares contra os investigados, entre elas a proibição de comparecerem a jogos do Avaí e Figueira. Esse afastamento determinado pela Justiça não tem prazo para acabar.
— Todo dia de jogo, esses indivíduos terão que se apresentar uma hora antes das partidas na Casa do Albergado, e de lá só serão liberados uma hora depois. Nesse intervalo, não poderão ter acesso a nenhum tipo de equipamento eletrônico — conta o delegado Moretto.
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Na sede da Gaviões Alvinegros, no bairro Estreito, a polícia apreendeu uma pistola calibre 380. O homem que estava de posse do armamento foi preso em flagrante. A Polícia não descarta que após a análise do material apreendido outras pessoas passem a ser alvo da investigação, além da possibilidade que novos crimes passem a ser investigados.
— O que precisamos também reforçar é que esses investigados são uma pequena parcela das torcidas organizadas, que em sua maioria são compostas de torcedores que vão ao campo para apoiar os times — aponta o delegado Marafiga.
