Um homem foi condenado a 56 anos de prisão por crimes sexuais cometidos contra a enteada e uma outra adolescente. O caso aconteceu em um município da Serra catarinense. A sentença, divulgada pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), reconheceu a prática dos atos de forma repetida ao longo de 2024. A decisão ainda cabe recurso. 

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De acordo com o processo, o padrasto teria se aproveitado da relação de confiança com a enteada, filha da companheira, para tocar no corpo da menina e enviar mensagens com teor sexual. A garota tinha menos de 14 anos na época em que tudo aconteceu. 

Ainda segundo o TJSC, os fatos teriam acontecido tanto na casa da família quanto em um veículo. Além dos abusos físicos, o padrasto enviava mensagens explícitas à adolescente por celular. Ele perguntava, por exemplo, sobre questões íntimas e exibia vídeos pornográficos. Em uma das ocasiões, teria pedido para que a menina tirasse a roupa para poder fotografá-la.

Outra adolescente, prima da vítima, também teria sido alvo de importunação sexual. Ela teria presenciado comportamentos inadequados e também foi exposta a conteúdo pornográfico pelo réu.

A decisão destacou que os relatos das vítimas foram confirmados por testemunhas, laudos psicológicos e também por familiares. O juiz responsável considerou que os atos foram praticados de forma contínua e com abuso da autoridade familiar, o que resultou no aumento da pena.

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Consequências emocionais

Segundo a Justiça, as consequências emocionais foram graves. Por conta dos abusos, uma das adolescentes necessita de acompanhamento psicológico, apresenta crises de ansiedade, episódios de automutilação, nervosismo e pesadelos recorrentes com os fatos.

O processo está em segredo de justiça. Além da prisão em regime fechado, o padrasto foi condenado a pagar R$ 20 mil por danos morais. 

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